Os serviços secretos estrangeiros ampliam a sua atividade no território da Federação da Rússia, advertiu o presidente do país, Vladimir Putin.
“Vocês lembram, em [última sessão] do colégio [do FSB] sublinhamos que os serviços especiais estrangeiros ampliam a sua atividade na Rússia. E o ano passado comprovou convincentemente estas nossas conclusões”, disse Putin na reunião do colégio do Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo).
“Durante este tempo foi suspendida a atividade de mais de 400 funcionários e agentes de carreira das inteligências estrangeiras. Deles, 23 foram responsabilizados criminalmente”, sublinhou o líder russo.
De fato, as relações entre Moscou e o Ocidente — nomeadamente, os EUA, a União Europeia e seus aliados regionais – vêm se deteriorando desde 2014 em meio à crise na Ucrânia. O Ocidente, acusando o Kremlin de alimentar o conflito interno no país vizinho e de nutrir ambições expansionistas na região, já impôs várias rodadas de sanções contra a Rússia.
Moscou, por sua vez, tem consistentemente negado as alegações ocidentais, denunciando, por outro lado, a crescente expansão da OTAN em direção às fronteiras russas.
Quanto à questão da Crimeia, o Kremlin sustenta que a reintegração da península ao território russo não constituiu um ato de agressão, como afirmam Kiev e seus aliados ocidentais, mas sim um caso prático do princípio de autodeterminação dos povos que compõe o direito internacional, já que a decisão de se separar da Ucrânia e de se unir à Rússia foi endossada por mais de 96% da população local, em referendo democrático acompanhado por observadores internacionais.
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Fonte: Sputnik.
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