30 de novembro de 2015

O Pedobatismo no catolicismo

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” MATEUS 28.19

O Batismo é um dos mais famosos sacramentos da Igreja Católica Romana. Ordenado por Jesus em Mateus 28.19, o batismo têm sido observado dentro do Cristianismo desde então. Os primeiros Cristãos batizavam os novos convertidos sob a ordem de Jesus Cristo e a Bíblia relata vários destes batismos mostrando a importância de tal rito para a vida cristã.

Na Igreja Católica, o batismo apresenta algumas características peculiares como a remissão do pecado original em recém-nascidos e sua necessidade para a salvação de uma pessoa. Por outro lado, nas confissões de fé protestantes, o batismo é tido como uma representação, uma figura da morte do Cristão para o mundo e de sua ressurreição para a vida em Cristo.

Tanto Católicos quanto Evangélicos aceitam o batismo como uma ordenança de Jesus Cristo. No entanto, diferem nos aspectos relacionados ao significado do batismo e ao modo como é realizado. Nós Evangélicos não cremos que o batismo deva ser ministrado a recém-nascidos e nem que ele é necessário para a salvação. Também não realizamos o batismo por aspersão (derramando água sobre a pessoa), mas sim por imersão (imergindo a pessoa totalmente dentro d’água). Isso se dá, pois a palavra Batismo – do original “βαπτίζω”, baptizo - significa imergir. Desta forma, seria um tanto estranho praticar a “imersão” (batismo) por aspersão.

Gostaria de convidar o caro leitor a analisar mais uma doutrina Católica à luz da Bíblia, buscando comparar o dogma batismal Católico com o que a Palavra de Deus diz à respeito do assunto.

Necessário para a Salvação

“Se alguém disser que o Batismo é facultativo, isto é, não necessário para a salvação — seja excomungado.”

Concílio de Trento, Sessão VII, parágrafo 861

O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo para a vida Cristã. A Igreja Católica afirma que o batismo é necessário para a salvação. Mas será que é isso que a Bíblia ensina?

O sacramento do batismo não aparece na Bíblia como quesito para a salvação em nenhuma passagem. Sua relação com a redenção do homem é simbólica, assim como a eucaristia. O batismo é somente uma representação e não uma obra redentora.

A Bíblia ensina que o batismo deve ser ministrado ao Cristão como símbolo de sua conversão, morte e ressurreição espiritual para uma nova vida em Cristo. Podemos dizer que o batismo não é obra de salvação e sim uma representação de tal obra já efetuada na vida daquele que se batiza.

A Igreja Católica – e mais algumas seitas – ensinam que o batismo é necessário para a salvação, isto é, se uma pessoa não for batizada ela nunca poderá entrar no reino do céu. Os apologistas Católicos tentam encontrar nas Escrituras algum versículo que dê apoio para essa ideia. Analisemos alguns dos mais usados por eles:

O caso de João 3.5

O versículo de João 3.5 diz: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.

Os defensores da doutrina romana sublinham a parte “quem não nascer da água” e focalizam a ideia de que estes não poderão entrar no reino de Deus. Segundo eles, nesta passagem, Jesus estaria ensinando a necessidade do batismo para a salvação. No entanto o sentido das palavras de Jesus não são estes. Provavelmente Jesus estava se referindo à profecia de Ezequiel: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. […] Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ez 36.25,27). Ezequiel fala de um lavar espiritual e não físico, assim como complementa Paulo, fazendo uma clara refutação ao argumento da salvação pelo batismo: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (Tt 3.5). Como podemos ver claramente, não é por obras de justiça praticadas por nós, mas pelo amor, graça, misericórdia e pela ação do Espírito Santo nos concedendo um lavar espiritual que nos torna aptos a entrar para o reino de Deus.

O texto de 1 Pedro 3.21

Este verso diz: “a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo”.

Com base neste texto, os apologistas Católicos, ignorando o contexto e separando as palavras “figurando o batismo, agora também vos salva”, dizem que a Bíblia ensina o batismo para a salvação. No entanto, o contexto pode nos mostrar o que Pedro realmente quis dizer. Sendo assim, o texto prossegue: “não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus,”. O que Pedro está dizendo? Pedro está dizendo que a cerimônia Batismal exterior não salva, mas sim a realidade espiritual que o batismo representa. Quando Pedro fala que a salvação não é fruto da “remoção da imundícia da carne” ele se refere ao ato exterior do batismo, isto é, o contato da uma pessoa com a água, onde ela estaria teoricamente se lavando. Logo depois Pedro explica o que realmente salva o homem, ou seja, aquilo que o batismo representa, que é a “indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo.”

Portanto, o texto de 1 Pedro 3.21 não ensina a necessidade do batismo para a salvação; muito pelo contrário, mostra que o rito ou a cerimônia do batismo não salva, mas sim o que ele representa: a morte e ressurreição do cristão para uma nova vida.

As palavras de Jesus em Marcos 16.16

Este é o verso áureo dos que creem na doutrina do batismo para a salvação. Jesus diz em Marcos 16.16: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”. Há uma grande ênfase na primeira parte da frase: “Quem crer E FOR BATIZADO é que será salvo”, afirmam os romanistas. No entanto, Jesus termina dizendo “quem, porém, não crer será condenado”. Percebeu a diferença? Se o batismo fosse necessário para a salvação, certamente Jesus diria “Quem porém não crer e não for batizado será condenado”. Mas foi isso que ele disse?

Jesus coloca a condição de salvação sobre o “crer” e não sobre o batismo, pois se quem não crer será condenado é lógico deduzirmos que quem crer será salvo. Acredito que o que Jesus quis dizer é que o homem que deve crer e passar pela obra regeneradora operada Espírito de Deus. Poderíamos parafrasear Jesus desta forma: “Todo aquele que crer e renascer do Espírito Santo será salvo”.

Concluindo, Jesus não estava falando do batismo físico, cerimonial, ritualístico, mas sim de seu significado, isto é, daquilo que ele representa. O batismo não pode conceder nenhuma graça por si, pois só podemos ser salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo (Is 64.6; At 5.11; Rm 11.6; Ef 2.8-9).

O batismo cerimonial (ministrado pelo homem) é uma obra de justiça, e com base nas Palavras de Paulo em Tt 3.5: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (assim como ensinado em outras passagens como Rm 3.27-28, 4.2-5, 15.1; Gl 2.16; Ef 2.9; 2 Tm 1.9 onde podemos ver que obras não salvam) podemos afirmar que o batismo não salva o homem. As obras não são para nos salvar, mas para demonstrar que somos salvos. O batismo representa a salvação do homem, mas não a opera.

Um bom exemplo Bíblico seria o ladrão da cruz que se arrependeu de seus pecados e foi salvo por Jesus sem ter sido batizado (Lc 23.42-43).

Poderíamos ainda acrescentar que a salvação é por meio da graça, operada pela fé através do sangue de Jesus. Em Atos 16.30 o carcereiro pergunta a Paulo e Silas: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?”, à esta questão eles respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (At 16.31). Não falaram nada sobre batismo.

O batismo é de suma importância para a vida cristã plena em Cristo. Seu sentido está em morrer para o mundo e renascer para Cristo. Isto não ocorre no momento do ritual batismal, mas no momento em que a pessoa entrega sua vida a Jesus Cristo. O batismo é a figura daquilo que Deus, por meio do seu Espírito Santo, operou em nossa vida. Portanto, o batismo representa a salvação, mas não salva.

Remissão de pecados pelo Batismo

“Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal.”

Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 403

A Igreja Católica ministra o batismo com dois propósitos: anexar o batizado à Igreja e perdoar seus pecados. Outras religiões também têm o batismo como um sinal ou um pacto que é feito entre o batizado e a religião na qual recebeu o batismo. Entretanto, a Bíblia não ensina nada disso sobre o batismo.

O propósito do batismo é evidenciar a conversão, isto é, representar ao mundo, de forma exterior, a conversão espiritual de uma pessoa. Desta forma, o batismo marca o ingresso da pessoa na vida Cristã, como uma representação de sua entrega a Deus. Não é no momento do batismo que uma pessoa torna-se Filha de Deus ou Cristã, pois ela já se converteu espiritualmente e já faz parte do povo de Deus, o batismo é somente uma representação externa.

A Igreja Católica Romana ministra o batismo às crianças e adultos também com o propósito de perdoar seus pecados. A Bíblia, por outro lado, não ensina que o batismo tem função de lavar ou causar o perdão de pecados, pois isto só pode ser feito através do sangue de Jesus Cristo (veja 1Jo 1.7).

A Igreja Católica sugere algumas passagens Bíblicas onde, segundo creem, o perdão de pecados por meio do batismo está evidenciado. Vejamos os mais comuns:

I. Pedro em Atos 2.38

O versículo em questão diz: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Este versículo é de difícil compreensão e só pode ser respondido à luz da gramática grega e do contexto hermenêutico Bíblico. A palavra grega traduzida como “para” no texto é eis (do grego “εις”) que pode significar muitas coisas sendo ela uma preposição de referência para indicar relação entre duas coisas. Ela contém vários significados, podendo ser entendida, por exemplo, como a causa de alguma coisa, o que seria expresso como: “devido à” ou “resultante de”. Assim, o que Pedro quis dizer foi que as pessoas se arrependessem e que elas deveriam ser batizadas em resultado da remissão de seus pecados. Isso é evidente pelo fato de que o batismo só é ministrado após a conversão e nunca antes. Várias vezes encontramos na Bíblia expressões do tipo: “e muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados” (At 18.8). Perceba a ordem: creram e depois foram batizados. O batismo é a representação exterior do que ocorreu no interior da pessoa. É esse sentido que Pedro emprega em sua frase.

II. Saulo em Atos 22.16

O texto diz: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele”.

Esse texto é muito citado pelos defensores da doutrina da remissão batismal, mas não ensina que o batismo purifica pecados. O texto está da seguinte forma na Bíblia Católica Edições Paulinas: “E agora, o que estás esperando? Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome!”. O leitor já deve ter percebido que as expressões “recebe o batismo” e “purifica-te dos teus pecados” não apresentam relação entre si, ou seja, são efeitos distintos resultantes do ato registrado no final: “invocando o nome dele”. Explicando melhor, Saulo receberia a purificação de seus pecados pela invocação do nome de Jesus e não pelo batismo. Assim sendo, este texto não ensina que o batismo lava pecados.

Além destes dois, outros textos da Bíblia são usados pelos defensores de tal doutrina, mas como vimos, são textos muito mal interpretados.

O batismo não lava pecados e isto é facilmente compreendido no Novo Testamento. Não é a água que purifica, mas o sangue! Diz a Bíblia: “e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap 7.14); e em outra parte: “e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1.7).

Caro leitor, crer que o batismo purifica pecados é irracional. Ora, acaso quem batiza uma vez deixa de pecar para sempre? E se esse alguém pecar depois de ter sido batizado? Vai ser batizado novamente? A Bíblia ensina que há um só batismo (Ef 4.5). Então como se dá o perdão de pecados? Pelo arrependimento e pela confissão! Jesus começa a mensagem evangélica dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 4.17). Quando o apóstolo Pedro estava no templo, logo depois de curar um paralítico na entrada, disse: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,” (At 3.19). Da mesma forma, afirma o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1.9).
Deus é quem perdoa nossas falhas e transgressões, não pelo batismo, mas pelo quebrantamento do nosso coração, pelo nosso arrependimento, pela confissão de nosso pecado e pelo poder que há no sangue de Jesus.

O Batismo de Crianças

“A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.”

Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1252

A prática de batizar crianças é chamada de Pedobatismo. Foi iniciada no século II e não há nenhum indício de que era praticada pelos apóstolos. Neste mesmo século, o pedobatismo causou a primeira grande desfraternização entre igrejas Cristãs que discordavam acerca de tal prática. Isso prova historicamente que o costume de batizar crianças não foi ensinado e nem praticado pelos apóstolos.

O Catolicismo sugere alguns textos Bíblicos que utilizam a expressão do batismo em “casas inteiras” para justificar esta prática. Abaixo estão listados os versículos em que podemos encontrar uma expressão similar:

“Depois que foi batizada, ela e a sua casa,“ (At 16.15)

“foi batizado, ele e todos os seus” (At 16.33)

“batizei também a família de Estéfanas” (1Co 1.16)

Ora, estes textos dizem que alguma criança foi batizada? Se lermos todos eles dentro de seus respectivos contextos, poderemos perceber a presença de três características em comum:
A Palavra foi pregada a alguém – At 16.14, 16.32 e 1Co 1.17
Foi recebida e por isso foram batizados – At 16.14, 16.34
Nenhuma criança é mencionada

Além destes, os defensores do pedobatismo ainda citam o texto de Atos 2.39 para tentar aprovar tal prática: “Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos”. Uma lida no contexto deste último versículo pode mostrar claramente que Pedro não estava se referindo a crianças, mas sim às futuras gerações de crentes.

Portanto, a Bíblia não dá margem para o pedobatismo. Diante de tal fato, pergunto aos Católicos sinceros em sua fé: por que devemos crer em algo que a Bíblia não ensina?

Os apologistas Católicos ainda citam o pacto de Abraão (a circuncisão, veja em Gênesis capítulo 17), que era feito em crianças, comparando-o com o batismo. Questionam eles: se a circuncisão era feita em crianças, por que não podemos batizar crianças? Ora, a diferença entre circuncisão e o batismo é imensa. A circuncisão era sinal do pacto de Deus com o povo hebreu e prefigurava a Nova Aliança do sangue de Jesus Cristo (leia 1Co 11.25), não tem absolutamente nada a ver com o batismo. Jesus, por exemplo, foi circuncidado quando criança (Lc 2:21), mas só foi batizado quando já era adulto (Lc 3:21). Além disto, a Bíblia não cria nenhum paralelo entre circuncisão e batismo, mostrando que não há nenhuma relação entre eles.

Alguém ainda poderia perguntar: por que os Evangélicos não batizam crianças? Que mal há nisso? Respondo que não há nenhum mal, no entanto, o batismo é uma representação exterior da conversão interior de uma pessoa. Como uma criança que nem mesmo sabe o que é pecado pode se arrepender de seus pecados? Ninguém pode ser obrigado a servir a Deus e muito menos ingressar na fé Cristã de forma involuntária. Para que uma pessoa possa se batizar existem quesitos como o arrependimento, a fé e a consciência de compromisso com a Palavra de Deus. Como uma criança poderia se arrepender de alguma coisa? Como ela poderia ter fé em Deus ou firmar um compromisso com ele sem nem mesmo saber falar?

Por estes motivos e segundo o exemplo Bíblico, nós Evangélicos ministramos o batismo somente a pessoas que alcançaram a maturidade necessária para tomar a decisão de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e ter uma consciência exata do que o batismo representa e de sua importância.

Presas ao poder das trevas

“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados.”

Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1250

Dentre os vários absurdos espalhados pelas várias doutrinas Católicas, eu considero este um dos piores. O Vaticano afirma que crianças e recém-nascidos que ainda não foram batizados estão “presos ao poder das trevas”. Isso é biblicamente absurdo! Nenhuma passagem da Bíblia ensina que as crianças estão presas ao poder das trevas e muito menos que o batismo opera a libertação de tal prisão. Gostaria de perguntar ao caro leitor: onde a Bíblia ensina isso? Vamos analisar dois pontos muito importantes dentro deste tema:
A. A questão do Pecado Original

Alguém poderia levantar a questão: e o pecado original? Bem, para explicar isso, primeiro temos que entender o que é o pecado original e como ele nos afeta.

O pecado original, assim chamado, é a semente de imperfeição que herdamos de nossos pais. Não é um pecado em si, mas uma natureza decaída e propensa a pecar. Explicando melhor, o pecado original é a herança de uma natureza corruptível manchada pelo pecado que afeta o homem por inteiro: corpo, alma e espírito. A influência do pecado original resulta na moralidade corrupta e não no pecado em si. Desta forma, uma criança que ainda não cometeu pecados pessoais tem um espírito totalmente puro e inocente, ainda que sua natureza herdada seja imperfeita e decaída por causa do pecado original. A Bíblia fala sobre o pecado original em várias passagens como: Rm 5.12-19; Gl 5.19-21; Ef 2.1-3; são só alguns exemplos.

Como podemos ver, o pecado original não prende ninguém ao poder das trevas. A Bíblia ensina: “Não se farão morrer os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu próprio pecado” (Dt 24.16); e em outra parte: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho,” (Ez 18.20). Nenhuma pessoa carrega sobre si a culpa pelo pecado de Adão, mas sim a natureza decaída resultante de tal pecado. Assim sendo, nenhuma criança pode estar presa ao poder das trevas em razão do pecado original, pois seu espírito é puro e inocente.
B. O Testemunho de Jesus Cristo

O Mestre dos mestres nos deixou um testemunho muito claro e evidente sobre a perfeição espiritual dos pequeninos. Jesus, em um dos episódios mais famosos da Bíblia, disse que as criançinhas (que provavelmente não foram batizadas) pertencem ao “reino dos céus” (Mt 19:14). Como pode alguém afirmar que as crianças estão presas ao “poder das trevas” quando Jesus diz que “delas é o reino dos céus”?

Compare a declaração da Igreja Católica com palavras de Jesus em Mateus 18.1-4:

“Naquela hora chegaram-se a Jesus os discípulos e perguntaram: Quem é o maior no reino dos céus? Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”.

Veja que Jesus diz que devemos ser como crianças, pois elas são exemplos de humildade e sinceridade para nós. Acaso Jesus falaria desta forma se elas estivessem “presas ao poder das trevas”? Como imitaremos alguém que está “preso ao poder das trevas”?

Vejamos outro caso interessante que está escrito em Mateus 21.15-16:

“Vendo, porém, os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele fizera, e os meninos que clamavam no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, e perguntaram-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e de criancinhas de peito tiraste perfeito louvor?”

Jesus responde aos sacerdotes citando o Salmo 8.2 que diz: “Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força,”. Caro leitor, como Deus pode suscitar força para um perfeito louvor da boca de alguém que está “preso ao poder das trevas”? Como o ensinamento Católico pode estar de acordo com a Bíblia? Pense nas palavras de Jesus: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.” (Mt 19.14).

Conclusão

Neste tópico abordamos o tema do batismo dentro da doutrina Católica. Creio que não restaram dúvidas sobre o significado real do batismo. A doutrina Católica não resiste a um combate com a luz das Escrituras, antes se mostra falha e sem bases. Vimos que o Catolicismo afirma o seguinte sobre o batismo:
O batismo é necessário para a salvação
Há remissão de pecados através do batismo
Sem o pedobatismo, as crianças estão presas ao poder das trevas

O batismo não é necessário para a salvação e nem lava pecados. Somente a fé em Jesus Cristo salva (Jo 3.16; At 16.31; Ef 2.8-9) e somente o sangue de Jesus pode nos purificar de todos os pecados (1Jo 1:7).

O apóstolo Paulo nos fala sobre o significado do batismo:

“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” (Rm 6.4)

O que Paulo está dizendo é que o batismo representa a nossa morte para o mundo e o nosso ressuscitar para Deus em novidade de vida, não uma libertação do poder das trevas e um perdão de pecados como afirma a Igreja Católica. Desta forma, vemos que os ensinos Católicos sobre o batismo não têm bases Bíblicas e por isso volto a questionar: devemos crer na doutrina batismal Católica?

O Concílio de Trento afirma em sua sétima sessão, parágrafo 859: “Se alguém disser que na Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, não reside a verdadeira doutrina acerca do sacramento do Batismo — seja excomungado”.

Eu creio que a verdadeira doutrina acerca do batismo está na Bíblia, que é a única regra de fé para o Cristão. A Bíblia é “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Jesus disse que “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt 24.35). Ele também testificou sobre a veracidade das Escrituras dizendo: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo 5.39); e o apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo registrou que “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16).

Se o leitor for Católico, pergunto-lhe: a verdadeira doutrina acerca do batismo está contida na Bíblia ou na Igreja Católica? Pense bem nisto.

Perguntas para meditação:
A Bíblia ensina que o batismo é necessário para a salvação?
O que lava pecados: o batismo ou o sangue de Jesus?
O pecado original pode ser lavado pelo batismo? O que a Bíblia diz à respeito?
Por que motivo devemos crer no pedobatismo? Onde a Bíblia ensina tal coisa?
As crianças que não foram batizadas estão “presas ao poder das trevas”? O que Jesus diz à respeito disto em Mateus 19.14?
A Bíblia se revela completa e acabada (veja Ap 22.18-19). Devemos crer em algo que a Bíblia não nos ensina?
A doutrina verdadeira do batismo está realmente na Igreja Católica?

Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia”, Rafael Nogueira
Fonte:Ministério ApologéticaAUTOREnviado por email

MARIA CATÓLICA X MARIA BÍBLICA

A Igreja Católica Apostólica romana tributa à Maria , mãe de Jesus , vários títulos e honrarias que pertencem exclusivamente a Jesus Cristo . Com isso não concordam os evangélicos e isto tem gerado uma animosidade entre católicos e evangélicos, julgando os católicos que os evangélicos desrespeitam Maria, mãe de Jesus. É uma situação que logo vem à baila quando falamos com os católicos sobre Maria. Os evangélicos se esforçam para respeitar Maria dentro do que diz a Bíblia sobre ela, enquanto o ensino católico no Brasil sobre Maria é tão fora da Bíblia que o culto que se presta a Maria pode ser encarado como simplesmente Mariolatria . Essa nossa colocação é encarada como imprópria pelos católicos.

Dentro desse clima bem conhecido do povo em geral , agora , porém , vem a público o padre católico André Carbonera em artigo PASCOLADAS e declara algo que vai mais além do que uma crítica aos evangélicos em decorrência da nossa posição bíblica com relação aos títulos e honrarias que os católicos tributam a Maria .

Diz o padre Carbonera : “Muitos afirmam crer em Jesus , mas , têm ódio da Mãe do mesmo Jesus .

Ah , eu adoro Jesus ! Tenho Jesus no meu coração. Jesus é meu tudo. Entretanto, desconhecem, negam , rejeitam e insultam a Mãe de Jesus .”

É isso verdade que temos ódio, negamos , rejeitamos e insultamos Maria ? Que eu saiba, não! Prossegue o padre André Carbonera , “em nosso peregrinar terráqueo , quanto mais pistolões houver , melhor ! Por que jogar fora , então , aqueles que pedem e rezam por nós , bem pertinho de Deus e de Jesus , como Maria e os Santos ? Seria uma inútil auto-suficiência e uma enorme burrice ! …”

Repetimos : Não odiamos Maria , mãe de Jesus . Só queremos vê-la no seu próprio lugar indicado na Bíblia . como poderíamos odiar Maria ? É uma acusação ,sem fundamento . Em toda a literatura evangélica sobre a identidade de Maria não pode ser encontrado algo que possa justificar essa acusação tão absurda . Amamos Maria como a mãe de Jesus como apresenta a Bíblia .

Para desfazer esse equívoco , nada melhor do que apresentar o que a Bíblia realmente fala de Maria e depois confrontar com a posição católica sobre Maria .

Para esse confronto vamos examinar o livro “Glórias de Maria” de S. Afonso de Ligório , doutor da Igreja e Fundador da congregação do Santíssimo Redentor . O nome da editora é Editora Santuário , de Aparecida , onde se situa o Santuário de Maria Aparecida . Os editores informam que o livro é “uma das obras mais conhecidas do santo doutor . Um livro que , em 237 anos , teve 800 edições , ainda que marcado pelo tempo , não precisa de justificativas para ser reeditado .” Abordando o valor do livro o tradutor assim se pronuncia: “Com as ‘Glórias de Maria’ ergueu Afonso um perene monumento de seu terno e vivíssimo amor a Mãe de Deus .” (pagina 13)

Diz ainda o tradutor : “São freqüentes no presente livro as referências a Revelações . Que pensar sobre tais Revelações ? Tais Revelações feitas por Deus mesmo , ou por meio de anjos e santos , são possíveis , são reais , e sempre existiram na Igreja . Pertencem à categoria das graças extraordinárias de Deus .” (pagina 15)

Não pode ser alegado , pois , que se trata de obra não reconhecida pela Igreja Católica Romana .

Nesse confronto verificamos que os títulos e honrarias prestados a Jesus na Bíblia são transferidos a Maria , colocando-a , em diversas oportunidades , como alguém que se deve recorrer , de preferência , á pessoa augusta e soberana de nosso Senhor Jesus Cristo . Pedro recomenda , “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador , Jesus Cristo . A ele seja dada glória , assim agoira , como no dia da eternidade.” Quando conhecemos melhor o Jesus da Bíblia não podemos concordar com os títulos e honrarias que se prestam a Maria , pois acreditamos que nem mesmo Maria aceitaria a transferência para ela das honras que são exclusivas ao seu Filho – nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo .


POSIÇÃO DE MARIA NA BÍBLIA

Maria procurou interferir na obra salvítica de Jesus por três vezes durante o seu ministério . A primeira vez que Maria assim o fez foi quando Jesus visitou o templo , na idade de doze anos . “E quando o viram , maravilharam-se , e disse-lhe sua mãe : Filho , por que fizeste assim para conosco ? Eis que teu pai e eu , ansiosos , te procurávamos . E ele lhes disse : Por que é que me procuráveis ? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2.48,49)

Na segunda vez foi na festa de casamento , em Caná da Galiléia . “E , faltando o vinho , a mãe de Jesus lhe disse : Não têm vinho . Disse-lhe Jesus : Mulher , que tenho contigo ? Ainda não é chegada a minha hora .” (João 2.3,4)

E a terceira vez foi em Cafarnaum , quando Jesus estava pregando . “Chegaram , então , seus irmãos e sua mãe ; e , estando de fora , mandaram-no chamar . E a multidão assentada ao redor dele , e disseram-lhe : Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora . E ale lhes respondeu , dizendo : Quem é minha mãe e meus irmãos ? E , olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse : Eis aqui minha mãe e meus irmãos . Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus , esse é meu irmão , e minha mãe.” (Marcos 3.31-33)

Mesmo quando Jesus foi interrompido no seu discurso por uma mulher que elogiava Maria por lhe ter amamentado e lhe dado à luz , Jesus não elogiou a mulher que assim dissera . Disse a mulher : “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste ! Mas ele disse : “Antes , bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam .” (Lucas 11.27,28) Jesus assim falando , afirmou que existe mais bem-aventurança em ouvir a palavra de Deus e guardá-la do que ter sido filho de Maria .

Em outras ocasiões mencionadas na Bíblia onde Maria aparece , notamos o seguinte :

1. 1. 1. Maria , ao receber a notícia que seria mãe do Salvador , se pronunciou como necessitada de um Salvador . “Disse , então , Maria : A minha alma engrandece ao Senhor , e o meu espírito se alegra em Deus , meu Salvador .” (Lucas 1.46,47)

2. 2. 2. Quando os magos visitaram Jesus , na sua infância , dirigiram-se a Jesus e não à Maria . É o que lemos de Mateus 2.11 : “E , entrando na casa , acharam o menino com Maria , sua mãe , e , prostrando-se , o adoraram .” Como se vê , os magos não adoraram Maria , mas adoraram Jesus .

3. 3. 3. A última referência bíblica de Maria que se vê em Atos 1.14 quando ela se encontrava em oração com os demais seguidores de Jesus , “Todos estes perseveravam unanimentemente em oração e súplicas , com as mulheres , e Maria , mãe de Jesus , e com seus irmãos .” Fora isso , nada mais se lê no livro de Atos sobre Maria , assim como em todo o restante do Novo Testamento .

TÍTULOS E HONRARIAS ATRIBUÍDAS A JESUS

Existem cerca de cento e cinqüenta títulos dados a Jesus Cristo na Bíblia e que os cristãos precisam conhecer . Se não todos , pelo menos alguns deles devem ser conhecidos . Certamente isso evitará que aceitemos que os títulos atribuídos a Jesus sejam passados para Maria , sua mãe , que podem ser observados no confronto entre Maria e Jesus:

MARIA CATÓLICA X MARIA BÍBLICA

Diz a Igreja Católica:

1. 1. 1. Maria âncora da salvação

“Feliz aquele que se abraça amorosa e confiadamente a essas duas âncoras de salvação : Jesus e Maria ! Não perecerá eternamente .” (pagina 31)

Diz a Bíblia :

O título de âncora da salvação é exclusivo de Jesus

“Paulo , apóstolo de Jesus Cristo … esperança nossa .” 1 Timóteo 1.1

Diz a Igreja Católica :

2. 2. 2. confiança em Maria

“Por conseguinte estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos , os homens e todas as coisas do céu e da terra .” (pagina 35)

Diz a Bíblia

“E sujeitou todas as coisas a seus pés (de Jesus ) e , sobre todas as coisas , o constituiu como cabeça da igreja , que é o seu corpo , a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Efésios 1.21-23)

Diz a Igreja Católica :

3. 3. 3. Maria é a Rainha da Misericórdia

“Constituindo o reino de Deus na justiça e na misericórdia , o Senhor dividiu : o reinado da justiça reservou para si , e o reinado da misericórdia o cedeu a Maria .” “O Eterno Pai deu ao Filho o ofício de julgar e punir , e a Mãe o ofício de socorrer e aliviar os miseráveis .” (pagina 36,37)

Diz a Bíblia :

O título “Rainha da Misericórdia” não é bíblico . Jesus é o sumo sacerdote de quem recebemos misericórdia

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas ; porém um que , como nós , em tudo foi tentado , mas sem pecado .

Cheguemo-nos , pois , confiadamente ao trono da graça , para que recebamos misericórdia e achemos graça , a fim de sermos socorridos no momento oportuno .” (Hebreus 4.15,16)

Diz a Igreja Católica :

4. 4. 4. Maria protetora dos pecadores

“Pelo que não há pecador , nem o maior de todos , que se perca , se Maria o protege.” (pagina 39)

“Recorramos , pois , e recorramos sempre á proteção desta dulcíssima Rainha , se queremos seguramente salvar-nos .” (pagina 41)

“Eis aqui como em todas as batalhas com o inferno seremos sempre vencedores seguramente , se recorrermos à Mãe de Deus , e nossa , dizendo e repetindo : Sob a tua proteção nos refugiamos , ó santa Mãe de Deus ! Oh ! Quantas vitórias têm os fiéis alcançado do inferno com o recorrerem a Maria …” (pagina 49)

Diz a Bíblia :

Maria não apaga pecados , não dá salvação , não livra do inferno . Jesus o faz seguramente

“Portanto , pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a deus , porquanto vive sempre para interceder por eles .” (Hebreus 7.25)

“Tudo que o Pai me dá virá a mim ; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora .” (João 6.37)

Diz a Igreja Católica :

5. 5. 5. Maria sofreu por nós

“Maria , para salvar as nossas almas , sacrificou com amor a vida de seu Filho .” … “Imolou a sua alma para a salvação de muitas almas .” … “Verdade é que Jesus quis ser o único a morrer pela redenção do gênero humano . Mas viu como Maria desejava ardentemente tomar parte na salvação dos homens . Decidiu então que ela , com o sacrifício e a oferta da vida do seu mesmo Jesus , cooperasse para a nossa salvação , e deste modo viesse a ser a Mãe das nossas almas .” (pagina 47)

Diz a Bíblia: Maria não salva , não sofreu pela salvação das almas e não cooperou para a nossa salvação . Jesus o fez exclusivamente .


“Mas este , havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados , assentou-se para sempre à direita de Deus ,daí por diante esperando , até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés . Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados .” (Hebreus 10.12-14)Diz a Igreja Católica :

6. 6. 6. Maria não pode deixar de amar-nos

“Se , pois , Maria é nossa Mãe , consideremos quanto ela nos ama .” … “E se em algum tempo , continua a virgem , por impossível se desse o caso de uma mãe se esquecer de um filho , não é possível que eu cesse de amar uma alma , de quem sou Mãe .” (pagina 53)

Diz a Bíblia:

“Ninguém tem maior amor do que este : de dar alguém a sua vida pelos seus amigos .” (João 15.13)

Diz a Igreja Católica:

7. 7. 7. Maria deu sua vida por nós

8. 8. 8. “Ao mesmo tempo que o Filho agonizava na cruz … a Mãe se oferecia aos algozes para dar a vida por nós” (Pagina 53) “Do Eterno Pai diz o Evangelho que amou os homens a ponto de por eles entregar à morte seu Filho Unigênito (João 3.16) . O mesmo também … se pode dizer de Maria : Tanto amou os homens , que por eles entregou seu Filho Unigênito .” … “E quando foi que a nós o entregou ? Deu-o …quando lhe concedeu licença para entregar-se à morte . Deu-o , quando não defendeu a vida de seu Filho perante os juizes , deixando os outros de a defender ou por ódio ou por temor . Pois com certeza as palavras de tão sábia e desvelada mãe teriam causado grande impressão , pelo menos sobre o espírito de Pilátos . E ele não ousaria condenar à morte um homem , do qual ele próprio reconhecera e declarara inocência . Mas , não ; Maria não quis dizer uma só palavra em favor do Filho , por não impedir a sua morte , da qual dependia a nossa salvação .” …”Então com suma dor e com intenso amor para conosco , estava sacrificando por nós a vida de seu Filho .” (pagina 56) “Não vemos como ela nos amou mais do que todas as criaturas , como entregou por nós seu Filho único , a quem amava mais do que a si mesma ?” (pagina 57)

“fiéis servos e amantes desta Mãe amantíssima ! Sim , porque esta gratíssima Rainha não admite que em amor a vençam os seus devotos servidores .” (pagina 62)

Diz a Bíblia:

“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós , sendo nós ainda pecadores .” (Romanos 5.8)

“Nisto conhecemos o amor : que Cristo deu a sua vida por nós ; e nós devemos dar a vida pelos irmãos .” (1 João 3.16)

Diz a Igreja Católica:

9. 9. 9. Maria portadora de graça

“Deus não destruiu o homem logo após o pecado , devido ao singular amor para com esta sua futura filha . Não lhe resta a menor dúvida de que todas as misericórdias e mercês , em favor dos pecadores na Antiga lei , só lhes tinham sido feitas por Deus em consideração desta abençoada Virgem .” … “Procuremos a graça , mas procuremo-la por meio de Maria . Se formos tão infelizes , que perdemos a divina graça , procuremos recuperá-la por meio de Maria ; porque se a perdemos ela a achou .” … “Corram , pois , a Maria os pecados que perderam a graça , porque em seu poder a acharão certamente … e digam-lhe : Senhora , a coisa achada deve-se restituir a quem perdeu ; aquela graça , que vós achastes , não é vossa , porque nunca a perdestes ; é nossa , porque a perdemos , por isso no-la deveis restituir .” (pagina 75)

Diz a Bíblia:

Jesus é portador exclusivo da graça e não Maria

“Porque a lei foi dada por meio de Moisés ; a graça e a verdade vieram por Jesus cristo >” João 1.17 ;

“Porque a graça de Deus se há manifestado , trazendo salvação a todos os homens .” (Tito 2.11)

Diz a Igreja Católica:

10. 10. 10. Perdão de pecados por Intercessão de Maria

11. 11. 11. “Os pecadores só por intercessão de Maria recebem o perdão .” (pagina 76) … “Ó Mãe de Deus , vossa proteção traz a imortalidade : vossa intercessão , a vida .” … “Todos os vossos servos alcançam por vossa intercessão a vida da graça e a glória eterna. Em vós acham os pecadores o perdão , e os justos a perseverança e depois a vida eterna.” “… Não desconfieis , ó pecadores … ainda que tenhais cometido todos os pecados , recorrei com sinceridade à Mãe de Deus, pois sempre a encontrareis com as mãos cheias de misericórdia” …”Deus promete garantido perdão aos pecadores, quando recorrerem a Maria para que os reconcilie com o Senhor , e como garantia disso lhe dá um penhor . Este penhor é , sem dúvida , Maria Santíssima , que nos foi dada como intercessora .” (pagina 77)

Diz a Bíblia:

Perdão de pecados é uma obra exclusiva de Jesus

“ Mas , se andarmos na luz , como ele na luz está , temos comunhão unas com os outros , e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado .” 91 João 1.7) “Filhinhos , escrevo-vos porque pelo seu nome , vos são perdoados os pecados .” (1 João 2.12)

Diz a Igreja Católica :

11. 11. 11. Maria é o sol

“Que seria do mundo , se não nascesse mais o sol ? Nada mais do que um caos de trevas e terror … Retira o sol e que será do dia ? Perca uma alma a devoção para com Maria , e que será senão trevas ?” … “Ai daqueles …que desprezam a luz deste sol , isto é , a devoção a Maria .” … “Sob o manto de Maria acham os homens refugio contra o ardor das paixões e a fúria das tentações .” (pagina 82)

Diz a Bíblia :

“Porque o Senhor Deus é um sol e escudo .” (Salmos 84.11)

Diz a Igreja Católica :

12. 12. 12. Maria fez falta na Parábola do Filho Pródigo

“Se ainda lhe vivesse a mãe , não o deixara o filho pródigo a casa paterna , ou para ela regressara mais depressa do que voltou . Quer com isso dizer que um filho de Maria , ou nunca se aparta de Deus , ou se por desgraça o faz , logo para ele torna por meio de Maria.” … “Oh ! se todos os homens amassem essa tão benigna e amorosa Senhora , e se nas tentações sempre e sem demora recorressem a seu patrocínio , quem cairia jamais ? Quem se perderia jamais ? Cai e perece só quem não recorre a Maria .” (pagina 84)

Diz a Bíblia :

“Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria , que se não compadeça dele , do filho do seu ventre ? Mas , ainda que esta se esquecesse , eu , todavia , me não esquecerei de ti .” (Isaías 49.15)

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco , pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores .” (Romanos 5.8)

Diz a Igreja Católica :

13. 13. 13. Maria acolhe os pintinhos sob suas asas

“Quando nos vem tentar o demônio , não deixemos de fazer como os pintinhos , que , mal enxergam o gavião , correm logo a refugiar-se sob as asas da mãe . Logo que nos assaltam tentações , sem discorrer com elas , refugiemo-nos depressa sob o manto de Maria . E vós , Senhora , deveis defender-nos … Depois de Deus outro refúgio não temos senão vós , que sois a nossa única esperança protetora , em quem confiamos .” (pagina 85)

Diz a Bíblia :

“Jerusalém , Jerusalém , que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados ! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos , como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas , e tu quiseste !” (Mateus 23.37)Diz a Igreja Católica:

14. 14. 14. Maria caminho da salvação

“Seguindo a Maria , não errarás o caminho da salvação .” … “Protegendo-te ela , não temas perder-te ; sendo tua guia , sem fadiga te salvarás . Em suma , a pretendendo Maria defender-te , certamente chegarás ao reino dos bem-aventurados .” (pagina 85)

Diz a Bíblia :

Disse-lhe Jesus : Eu sou o caminho ,a verdade e a vida . Ninguém vem ao pai senão por mim .” (João 14.6) “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo , tu e a tua casa .” (Atos 16.30)

Diz a Igreja Católica :

15. 15. 15. Maria é nosso conforto na morte

“Ah ! Como fogem os demônios à presença de Nossa Senhora ! Se na hora da morte tivemos Maria a nosso favor , que poderemos recear de todo o inferno ?” “Se Maria é por nós , quem será contra nós ?” (pagina 90)

Diz a Bíblia :

“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem : em meu nome expelirão demônios …” (Marcos 16.17)

Diz a Igreja Católica :

16. 16. 16. Maria é nosso auxílio no tribunal divino

“Em se tratando de uma alma patrocinada por Maria , não terão atrevimento , nem ainda para acusá-la . Pois sabem muito bem que o Juiz nunca condenou , nem condenará jamais uma alma patrocinada por sua grande Mãe .” (pagina 91)

“Nossa amorosa Rainha acolhe sob seu manto as almas dos seus servos , apresenta-as ao Filho que as deve julgar e obtém-lhes a salvação .” … “Feliz de ti , meu irmão , se na hora da morte te achares preso pelas doces cadeias do amor à Mãe de Deus .” (pagina 92)

Diz a Bíblia :

“Paulo , apóstolo de Jesus Cristo , segundo o mandado de Deus , nosso Salvador , e do Senhor Jesus Cristo , esperança nossa .” (1 Timóteo 1.1)

“Mas , por isso , alcancei misericórdia , para que em mim , que sou o principal , Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade , para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna .” (1 Timóteo 1.15)

Diz a Igreja Católica

17. 17. 17. Maria é a esperança de todos os homens

“Quer a Santa Igreja que cada dia todos os eclesiásticos e todos os religiosos em voz alta , e em nome de todos os fiéis , invoquem e chamem a Maria com este nome de esperança nossa.” (pagina 97) …

“Salve esperança de minha alma … salve , ó segura salvação dos cristãos , auxílio dos pecadores , defesa dos fiéis , salvação do mundo .” … “Depois de Deus , outra esperança não temos senão em Maria …” (pagina 98)

“Perde-se quem a Maria não recorre , mas quem jamais se perdeu , depois de implorá-la ?” (pagina 110)

“Em vós , Senhora , tendo colocado ,toda a minha esperança e de vós espero minha salvação .” … “Acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver ; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação .” (pagina 147)

Diz a Bíblia :

“ E em nenhum outro há salvação , porque também debaixo do céu nenhum do céu nenhum outro nome há , dado entre os homens , pelo qual devamos ser salvos .” (Atos 4.12)


Diz a Igreja Católica :

18. 18. 18. Maria , nossa advogada

“Maria é advogada poderosa para a todos salvar” – “Maria é toda poderosa junto a deus “ (pagina 151)

“Ó Maria , querida advogada nossa , na rica piedade de vosso coração não podeis ver infelizes sem que deles tenhais compaixão .” (pagina 153)

“Pobres pecadores ! Que seria de nós , se não tivéramos esta grande advogada .” (pagina 162)

“Ó minha Rainha , sede-me advogada junto a vosso Filho , a quem não tenho coragem de recorrer .” (pagina 120) “Vós sois a única advogada dos pecadores e daqueles que precisam de todo o socorro . Eu vos saúdo como asilo e refúgio no qual ainda podem os pecadores achar salvação e acolhimento .” (pagina 105)” …

“louvada seja , pois , e bendita a imensa bondade de nosso Deus , que nos concedeu esta excelsa Mãe e advogada , Maria !” (pagina 102)

Diz a Bíblia :

“Meus Filhinhos , estas coisas vos escrevo para que não pequeis ; e , se alguém pecar , temos um Advogado para com o Pai , Jesus Cristo , o justo .” (1 João 2.1)

Diz a Igreja Católica :

19. 19. 19. Maria nossa redentora

“Querendo ele remir o gênero humano , depositou o preço inteiro da redenção nas mãos de Maria para que o reparta à sua vontade .” (pagina 99)

“Se o meu Redentor , por causa de minhas culpas , me lançar fora dos seus pés , eu me prostrarei aos pés de Maria , sua Mãe , e deles não me afastarei enquanto ela não me alcançar o perdão .” (pagina 102)

“Deus , antes de no mundo existir Maria , se queixava de não haver quem o impedisse de punir os pecadores ; mas agoira é Maria quem o aplaca .” (pagina 108)

Diz a Bíblia :

“Todo aquele que o Pai me dá , esse virá a mim ; e o que vem a mim , de modo nenhum o lançarei fora .” (João 6.37)


“o qual (Jesus) se deu a si mesmo em preço de redenção por todos , para servir de testemunho a seu tempo .” (1 Timóteo 2.6)

Diz a Igreja Católica :

20. 20. 20. Maria é onipotente

“Sois onipotente , ó Maria , visto que vosso Filho quer vos honrar , fazendo sem demora tudo quanto vós quereis .” … “Ouvi as minhas orações , e tende compaixão dos meus suspiros , ó minha Rainha , que sois meu refúgio , minha vida , meu auxílio , minha esperança , minha fortaleza ! ( pagina 100)

Diz a Bíblia :

“E chegando-se Jesus , falou-lhes , dizendo : É me dado todo o poder no céu e na terra .” (Mateus 28.18)

“Eu sou o Alfa e o Ômega , o Princípio e o Fim , diz o Senhor , que é , e que era , e que há de vir , o Todo-Poderoso .” (Apocalipse 1.8)

“Em verdade vos digo , se pedirdes alguma cousa ao Pai , ele vo-la concederá em meu nome . Até agora nada tendes pedido em meu nome ; pedi , e recebereis , para que a vossa alegria seja completa .” (João 16.23,24)

Diz a Igreja Católica :

21. 21. 21. Maria , refúgio dos pecadores

“Um dos títulos com que a Santa Igreja saúda Maria , e que muito anima os pobres pecadores , é aquela da Ladainha : Refúgio dos pecadores .” Havia na Judéia , outrora , cidades de refúgio , nas quais os culpados podiam abrigar-se a salvo das penas merecidas . Agora já não há tantas cidades de refúgio como antigamente . Só há uma que é Maria Santíssima , da qual foi dito : Coisas gloriosas se tem dito de ti , ó cidade de Deus .” “Existe aqui uma diferença , porém . Nas antigas cidades de refúgio não havia asilo para todos os culpados , nem para sorte de delitos , enquanto que sob o manto d de Maria acham refúgio todos os pecadores e toda espécie de delito . Basta que se recorra a ela , para se estar a salvo .” (pagina 105)

Diz a Bíblia :

“Vinde a mim , todos os que estais cansados e oprimidos , e eu vos aliviarei . Tomai sobre vós o meu jugo , e aprendei de mim , que sou manso e humilde de coração , e encontrareis descanso para a vossa alma .” (Mateus 11.28,29)Diz a Igreja Católica :

22. 22. 22. Maria , figura da arca de Noé :

“Figura foi de Maria a arca de Noé . Pois como nela acharam abrigo todos os animais da terra , igualmente sob o manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores , cujos vícios e pecados sensuais os tornam semelhante aos brutos . Há esta diferença entretanto …na arca entraram os brutos e brutos ficaram . O lobo ficou sendo lobo e o tigre ficou sendo tigre . Mas debaixo do manto de Maria o lobo é mudado em cordeiro e o tigre em pomba .” (pagina 109)

Diz a Bíblia :

Que a arca de Noé é representada por Jesus e não Maria :

“Senhor , para quem iremos ? Tu tens as palavras da vida eterna .” (João 6.68)

“Assim que , se alguém está em Cristo, nova criatura é ; as coisas velhas já passaram ; eis que tudo se fez novo “ (2 Coríntios 5.17)

Diz a Igreja Católica:

23. Maria responde orações

“muitas coisas se pedem a Deus , e não se alcançam . Pedem-se a Maria , e conseguem-se.” (pagina 1180

“No exercício de sua misericórdia , ela imita a Deus , que também voa sem demora em socorro dos que o chamam , porque é fidelíssimo no cumprimento da promessa : Pedi e recebereis (João 16.24) . Do mesmo modo procede Maria . Quando é invocada , logo está pronta para ajudar a quem a chamou em seu auxílio .” (pagina 115) “Se Maria é tão pronta em ajudar , mesmo sem ser rogada , quanto mais o será para consolar quem a invoca e a chama em seu auxílio ?” (pagina 117)

“Quando nos dirigimos a esta divina Mãe , não só devemos ficar certos de seu patrocínio , mas às vezes seremos até mais depressa atendidos e salvos .” “Quem pede e quer alcançar graças , sem a intercessão de Maria , pretende voar sem asas .” (pagina 143)

Diz a Bíblia :

“E tudo quanto pedirdes em meu nome , eu o farei , para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome , eu o farei .” (João 14.13,14)

“A igreja de Deus que está em Corinto ,aos santificados em Cristo Jesus , chamados santos , com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo , Senhor deles e nosso .” (1 Coríntios 1.2)

Diz a Igreja Católica :

24. 24. 24. Maria esmagou a cabeça da serpente

“Maria é , portanto , essa excelsa mulher forte que venceu o demônio e , em lhe abatendo a soberba , lhe esmagou a cabeça , conforme as palavras do Senhor Ela te esmagará a cabeça.” (pagina 122)

“Por isso o recorrer a Maria é um meio seguríssimo para vencer todos os assaltos do inferno . Ela é também Rainha do inferno e senhora dos demônios , pois que os subjuga e doma .” (pagina 123)

“Oh ! quanto tremem de Maria e do seu grande nome os demônios do inferno !” (pagina 124)

Diz a Bíblia :

“Senhor , pelo teu nome , até os demônios se nos sujeitam . Eis que vos dou poder para pisar serpentes , e escorpiões , e toda a força do Inimigo , e nada vos fará dano algum .” (Lucas 10.17,19)

“E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés . A graça de nosso /senhor Jesus Cristo seja convosco . Amém ! (Romanos 16.20)

Diz a Igreja Católica :

25. 25. 25. Maria coluna de nuvem e de fogo

“Lemos no Antigo Testamento que o Senhor guiava o seu povo na saída do Egito , de dia por meio de uma coluna de nuvem , e à noite por uma coluna de fogo (Êxodo 13.21) . Esta maravilhosa coluna , ora de nuvem ora de fogo , era , figura de Maria nos dois ofícios que exerce continuamente para nosso bem . Como nuvem protege-nos dos ardores da divina justiça ; como fogo defende-nos contra os demônios .” (pagina 125)

Diz a Bíblia :

“Ali estava a luz verdadeira , que alumia a todo homem que vem ao mundo .” (João 1.9)

“Falou-lhes , pois , Jesus outra vez , dizendo : Eu sou a luz do mundo ; quem me segue não andará em trevas , mas terá a luz da vida .” (João 8.12)

Diz a Igreja Católica :

26. 26. 26. Toda honra deve ser tributada a Maria

“É tributada ao Filho e ao Rei toda a honra que se presta à Mãe e à Rainha .” (pagina 131)

“Tudo quanto pudermos dizer em louvor de Maria é pouco em relação ao que merece por sua dignidade de Mãe de Deus .” (pagina 134)

“Quero ser servo do Filho : mas ninguém pode servir ao Filho sem servir também a Mãe , esforço-me por conseguinte , em servir a Maria .” (pagina 139)

Diz a Bíblia :

“Para que todos honrem o Filho , como honram o Pai . quem não honra o filho não honra o Pai , que o enviou .” (João 5.23)

“E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono , e dos animais , e dos anciãos ; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares , que com grande voz diziam:

Digno é o Cordeiro que foi morto , de receber o poder , e riquezas , e sabedoria , e força , e honra , e glória , e ações de graças .” (Apocalipse 5.11,12)

Diz a Igreja Católica :

27. 27. 27. Maria , nossa medianeira

“Ide a Maria ! O Senhor decretou não conceder favor algum sem a mediação de Maria . Por isso nas mãos dela está nossa salvação .” … “Quem é protegido por ela se salva : perde-se quem o não é .” (página 144)

“Que seria , pois , de nós que esperança de salvação , se nos abandonásseis ó Maria , vida dos cristãos ?” (página 145)

“Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação …” … “Como não ser toda cheia de graça , aquela que se tornou a escada do paraíso , a porta do céu e a verdadeira medianeira entre Deus e os homens ?” (pagina 131)

“Maria foi dada ao mundo a fim de que por seu intermédio , como por um canal , até nos corresse sem cessar a torrente das graças divinas .” (pagina 135)

“Em vão procura Jesus quem não procura acha-lo com sua Mãe .” (pagina 139)

“Garante-nos Jesus Cristo que ninguém pode vir a ele , a não ser o Pai o traga . O mesmo também , diz Jesus de sua Mãe . Ninguém pode vir a mim , se minha Mãe o não atrair com suas preces . Jesus foi o fruto de Maria . Quem quer o fruto deve também querer a árvore . Quem , pois , quer a Jesus , deve procurar Maria ; e quem acha Maria , certamente acha também Jesus .” (página 142)

Diz a Bíblia :

“Respondeu-lhes Jesus : Eu sou o caminho , a verdade e a vida ; ninguém vem ao Pai senão por mim .” (João 14.6)

“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens , Jesus Cristo , homem.”( Timóteo 2.5)

Diz a Igreja Católica :

28. 28. 28. Maria concebida sem pecado

“Incalculável foi a ruína que o maldito pecado causou a Adão e a todo o gênero humano . Dessa comum desventura quis Deus , entretanto , eximir a Virgem bendita .” (página 235)

Diz a Bíblia :

“Então disse Maria : A minha alma engrandece ao Senhor , e o meu espírito se alegra em Deus , meu Salvador .” (Lucas 1.46)

“Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado .” (Gálatas 3.22)

“Porque nos convinha tal sumo sacerdote , santo , inocente , imaculado , separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus .” (Hebreus 7.26)

Diz a Igreja Católica :

29. 29. 29. Maria , Rainha do céu

“Pelo contrário , os demônios tanto receiam a Rainha do céu que , como do fogo , fogem de quem invoca o seu grande nome . (página 216)

Diz a Bíblia :

“Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para fazerem bolos à rainha do céu, e oferecem libações a outros deuses, a fim de me provocarem à ira”. (Jr 17.18).
AUTOR-Pr. Natanael Rinaldi
Fonte:Ministério Apologético

Temperamento Controlado pelo Espírito Santo


INTRODUÇÃO

O que torna o homem fascinante é o seu temperamento, pois o provê com qualidades marcantes que o distinguem de qualquer outro semelhante.

O temperamento, entretanto, não dá ao homem apenas forças, características positivas, mas também fraquezas, isto é, características negativas.

Felizmente, Deus concedeu a todo que Nele crê o Espírito Santo, para melhorar suas forças e vencer suas fraquezas.

VOCÊ NASCE COM ELE !

Você sabe o que é certo e o que é errado fazer, mas, ao agir, é incapaz de conseguir se controlar e acaba fazendo o que não desejaria fazer.

O apóstolo Paulo certamente sentia o mesmo quando escreveu Romanos 7:18-20:

Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.

Paulo faz a clara distinção entre si mesmo e a força incontrolável que nele habita, o pecado, a fraqueza natural que herdara de seus pais, como todo ser humano.

Herdamos o temperamento básico dos nossos pais, que é chamado na Bíblia de várias formas: “o indivíduo ingênito”, “a carne”, “o chefe”, “a carne corruptível”, “o homem carnal” e outros, e que é o impulso básico de nosso ser tentando satisfazer suas necessidades.

Distinção importante a ser feita entre temperamento, caráter e personalidade:

• Temperamento - combinação de características congênitas herdadas de nossos pais e avós e coordenadas com base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários.

• Caráter - é o verdadeiro eu. A Bíblia o chama de “a essência secreta do coração”. O fruto do temperamento burilado pela disciplina e educação recebidos na infância e pelos comportamentos básicos, crenças, princípios e motivações, denominado, às vezes, alma – é composta, esta, por cérebro, emoções e vontade.

• Personalidade - semblante externo de nós mesmos. Freqüentemente uma fachada agradável para um caráter medíocre ou mesmo desprezível, principalmente hoje em dia.

A Bíblia diz: “O homem olha a aparência externa, e Deus olha o coração” e “As fontes da vida têm origem no coração“.

Temperamento: características com as quais nascemos.

Caráter: o temperamento “civilizado”.

Personalidade: o rosto que mostramos ao próximo.

A hereditariedade do temperamento pode levar à enganosa conclusão de que ele não pode ser mudado. Contudo, isso é possível.

O TEMPERAMENTO PODE SER MODIFICADO !

Todo homem que, sinceramente, lamenta sua fraqueza de temperamento, entende as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 7:24: “Homem infeliz que sou!” e ele responde à pergunta: “quem me libertará?” Sua libertação, como a nossa, dá-se em “Jesus Cristo, Graças a Deus.“

Pedro, que experimentou grande e dolorosa mudança de temperamento ao longo de sua conversão, escreve em sua segunda carta 1.4: “vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo.“

Há indivíduos autocontrolados, mas que não curaram boa parte de suas fraquezas, por não estarem em Cristo Jesus, pois Satanás conhece nossas fraquezas de temperamento e se aproveita delas para nos derrotar.

Mesmo um psicólogo teve de admitir que só Jesus transforma um temperamento fraco e depravado em um espírito poderoso em Jesus Cristo.

Infelizmente, muitos cristãos não alcançaram a completa transformação porque não se mantiveram em uma relação permanente com Jesus Cristo (Jo 15:1-14).

A plenitude do Espírito Santo não é apenas ordenada a todo cristão: “E não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18), mas se evidencia no controle da natureza humana pelo Santo Espírito de maneira tal que o cristão viva a vida de Cristo.

Conheça quatro temperamentos básicos

Hipócrates, médico e filósofo grego, 400 anos a.C, expôs essa teoria dos quatro temperamentos básicos, originados de quatro fluidos orgânicos:

• Sangue - temperamento sangüíneo;

• Bílis colérica - temperamento colérico;

• Bílis melancólica - temperamento melancólico;

• Fleuma - temperamento fleumático.

Apesar de ter sido superada essa determinação orgânica de Hipócrates, tal classificação quádrupla tem sido amplamente utilizada. Nenhuma outra classificação da moderna psicologia encontrou maior aceitação que a de Hipócrates.

O importante é que os quatro temperamentos sejam considerados básicos. Cada um de nós é, na verdade, uma combinação de dois ou mais temperamentos com suas forças e fraquezas que podem ser vencidas com o poder de Deus.

Este estudo de temperamentos — é bom que se lembre — destina-se à auto-análise, e não se deixe tentar a analisar o outro com ele.

Características básicas de cada um

1º Tipo: O sangüíneo exuberante

É cordial, eufórico, vigoroso, folgazão. Os sentimentos e não os pensamentos ponderados têm ação sobre suas decisões.

Num ambiente repleto de pessoas, a presença do sangüíneo estimula o ânimo dos presentes por sua conversa exuberante e apaixonada. Sempre tem amigos porque faz com que se vejam como pessoas importantes para ele. E realmente o são. Gosta do convívio social e não suporta a solidão.

Freqüentemente fala antes de pensar, mas sua ingênua sinceridade muitas vezes desarma seus interlocutores.

Seus modos tumultuosos e amistosos o fazem parecer mais autoconfiante do que realmente é.

Os sangüíneos são bons vendedores, funcionários de hospitais, professores, conferencistas, atores e oradores.

2º Tipo: O colérico intransigente

É vivaz, ardente, ativo, prático e voluntarioso. Quase sempre é auto-suficiente e independente. Tem facilidade em tomar decisões por si e por outras pessoas.

Não precisa ser estimulado. Ao contrário, ele é que estimula seu ambiente com idéias, planos ambiciosos e atividades.

É capaz de criar projetos lucrativos de longo alcance. Toma a atitude definitiva diante de problemas, e freqüentemente se vê envolvido em campanhas contra injustiças sociais e outras do gênero.

As adversidades servem-lhe de estímulo e não de obstáculo.

Possui firmeza inabalável e vence suas lutas por insistência enquanto outros já desanimaram.

É o chefe nato. Não se compadece facilmente dos outros.

É hábil em reconhecer oportunidades, mas não é dado a análises. Prefere uma avaliação rápida, quase intuitiva. Possui a tendência a ser tirânico e, muitas vezes, é considerado um oportunista.

Quando adulto, é difícil para o colérico aceitar a Cristo, devido à sua auto-sufíciência e, mesmo que o aceite, tem dificuldade em confiar plenamente no Senhor e em aceitar a afirmação de Jesus: “Sem mim, nada podeis fazer“.

Muitos grandes generais e líderes mundiais foram coléricos. Pode ser um bom gerente, planejador, produtor, ditador ou até mesmo criminoso.

3º Tipo: O melancólico

Considerado, comumente, um temperamento hostil e sombrio, na verdade, é o mais rico dos temperamentos, pois é um tipo analítico, abnegado, bem dotado e perfeccionista. Ninguém desfruta maior prazer com as belas artes do que ele.

É, por natureza, introvertido, mas chega a ter estados momentâneos de êxtase.

É um amigo muito fiel, mas, ao contrário do sangüíneo, não faz amigos facilmente. Não tomará a atitude de procurá-los e esperará que o procurem.

É o tipo mais confiável, pois seu temperamento perfeccionista não permitirá que ele desaponte alguém que conte com ele. Mas tem propensão a ser desconfiado quando o procuram ou o acumulam de atenções.

Seu lado analítico faz com que apure com cuidado os obstáculos de um projeto. Isto, normalmente, o afasta de novos projetos e gera conflitos com os que tentam iniciá-lo.

Pode se animar muito com algo e produzir grandes coisas, mas, em seguida, sobrevêm-lhe uma fase depressiva.

Geralmente encontra maior significado para sua vida no sacrifício pessoal, e tende a escolher na vida uma vocação difícil, que envolva grande esforço pessoal, e a desempenha com persistência, procurando realizá-la bem.

O melancólico é o temperamento com maior potencialidade inata a ser aplicada pelo Espírito Santo. E muitos personagens bíblicos possuíam o temperamento melancólico, como Moisés, Elias, Salomão, o apóstolo João e outros.

4º Tipo: O fleumático

É o tipo calmo, frio e bem equilibrado. A vida para ele é algo severo e agradável com o qual não quer muito envolvimento.

Jamais parece perturbar-se sob qualquer circunstância. Não explode em raiva ou riso porque tem as emoções sob controle.

Ao fleumático não faltam amigos, porque ele gosta do convívio social e tem um humor mordaz, capaz de provocar gargalhadas sem dar um sorriso se quer.

É organizado e tem ótima memória. Sente-se irritado com o temperamento inquieto do sangüíneo e sempre lhe aponta a futilidade. Fica aborrecido com os momentos depressivos do melancólico e está sempre disposto a ridicularizá-lo. Lança, com prazer, jatos d’água fria nos planos efervescentes do colérico. Porém não passa de espectador em sua relação com eles, sem se envolver em suas atividades.

É geralmente simpático e de bom coração, mas raramente deixa transparecer seus sentimentos.

Não aceitará um cargo de liderança espontaneamente, mas se mostra capaz, caso tenha de ocupá-lo. É um conciliador e pacificador inato.

* * *

A grande diferença entre os quatro tipos de temperamento nos mostra porque as pessoas são indivíduos, sem contar as várias combinações dos quatro temperamentos básicos.

Não se pode dizer que um deles é melhor, mas todos possuem forças e riquezas, assim como fraquezas e perigos.

As forças do temperamento

O sangüíneo é:

Apreciador da vida em qualquer detalhe.

Otimista em relação ao presente e ao futuro.

Amistoso e afetuoso com as pessoas.

Compassivo e temo para com o próximo e suas necessidades.

É o tipo que mais facilmente obedece ao preceito bíblico: Regozijai-vos com aqueles que se regozijam, e chorai com aqueles que choram.

O colérico é:

Determinado em seus projetos, que são plenos de significado.

Prático e eficiente na hora de tomar decisões rápidas.

Líder rápido e ousado.

Otimista, visualizando apenas o objetivo e não as dificuldades.

O melancólico é:

Sensível, meditando com ponderação sobre suas emoções.

Perfeccionista na imposição a si e aos outros de um elevado padrão de qualidade.

Analítico - caçador de detalhes e de problemas latentes num projeto.

Amigo fiel - “daria sua vida” pelos poucos amigos.

Abnegado na execução de qualquer trabalho.

O fleumático é:

Espirituoso – com imperturbável bom humor.

Digno de confiança, mesmo sem se envolver em demasia com o outro.

Prático – trabalha bem sob tensão.

Tem hábitos metódicos.

Eficiente – com padrões elevados de zelo e precisão.

RESUMO:

■ As forças de cada temperamento os tornam atraentes, e graças a Deus que nos deu um pouco da força de cada um.

■ Mas chegou o momento de encarar as fraquezas, que Deus pode nos ajudar a transformar.

As fraquezas do temperamento

O SANGÜÍNEO é:

Turbulento – freqüentemente é pouco prático e desorganizado. Tende a agir belicosamente e em direção errada, por sua falta de análise. Tem dificuldade em concentrar-se na leitura da Palavra de Deus. Sua incessante atividade, que o leva a correr de uma linha de conduta a outra na vida, impedem sua produtividade.

Pusilânime e indisciplinado - não é uma pessoa resoluta e real. Se lhe oferecem um cargo na igreja, sua resposta imediata é sim, mas acha difícil o trabalho preparatório e não analisa questões como tempo disponível, habilidades e responsabilidades envolvidas.

Egoísta – tende a ocupar a atenção dos outros para si e toma-se antipático ao dominar a maior parte da conversa com assuntos de seu próprio interesse.

Emocionalmente instável - a despeito de ser um temperamento alegre, desanima facilmente e tende a desculpar-se por sentir pena de si mesmo.

Por sua natureza ardente, pode explodir repentinamente, mas esquecerá em seguida.

No campo espiritual, se arrepende pelas mesmas coisas inúmeras vezes, além de ser o temperamento que mais problemas tem com a lascívia.

Deve procurar a orientação do Espírito Santo para adquirir autocontrole, praticar a abstinência e “fugir da prostituição” (1 Co 6.18), além de paciência, fé e bondade.

O COLÉRICO é:

Violento - A ira é uma de suas fraquezas que o tornam insensível à compaixão cristã. Diferente do sangüíneo, ele explode violentamente e continua a guardar rancor. É vingativo, o que o torna uma pessoa indesejável ao convívio.

Cruel - tende a cultivar uma úlcera antes dos 40 anos de idade. Espiritualmente, contrista o Espírito Santo pela amargura, ira e rancor que lhe dão vestígios de crueldade. Característica que, se não controlada por padrões morais, pode tomá-lo um ditador ou criminoso.

Impetuoso - seu temperamento determinado pode levá-lo a iniciativas das quais se arrependerá posteriormente. É-lhe difícil demonstrar aprovação, o que lhe cria problemas no casamento, quando se acresce a essa dificuldade a crítica mordaz e declarações cruéis.

Auto-suficiente - sua autoconfiança excessiva pode tomá-lo arrogante e prepotente por se achar auto-suficiente.

No campo espiritual, esta fraqueza de temperamento o impede de aceitar o senhorio do Espírito Santo em sua vida.

De todos os temperamentos, é o que mais necessidades espirituais tem: amor, paz, bondade, paciência, humildade, benevolência.

O MELANCÓLICO é:

Egocêntrico - é inclinado à autocontemplação benévola, que lhe paralisa a energia e a vontade. Está sempre a dissecar as próprias emoções numa eterna auto-análise que lhe tira a naturalidade e o levam a condições mentais mórbidas.

Interessa-se excessivamente por sua condição física também, o que pode originar uma hipocondria. Este egocentrismo, aliado à sua natureza sensível, faz com que seus sentimentos estejam sempre à flor da pele, e com que seja desconfiado. Em casos agudos, com que tenha mania de perseguição.

Pessimista - por sua natureza analítica e perfeccionista, tende a procurar os problemas de um projeto, que. normalmente lhe pesam bem mais que o esforço conjunto para vencê-los.

Esta concepção pessimista o torna inseguro para tomar decisões porque não deseja cometer erros.

Crítico - tem a tendência de ser inflexível com relação ao que espera dos outros e não consegue aceitar menos que o melhor por parte deles. Muitos casamentos de perfeccionistas fracassaram porque suas esposas atingiam apenas 90% do que esperavam delas. A pequena parcela de erros, ele tende a amplificar.

É tão crítico para consigo mesmo como o é para com os outros.

Caprichoso - é o temperamento que manifesta maior alteração de ânimo. Tem fases raras de euforia exuberante, às quais se segue uma fase sombria.

Hipócrates chegou a qualificar o fluido melancólico como “negro”. Este estado de ânimo cria um círculo vicioso, pois suas fases de desapontamento acabam enervando seus amigos, que passam a evitá-lo. Isto o conduzirá a uma tristeza ainda maior.

Essas sombrias disposições de ânimo levam o melancólico à nostalgia e à fuga do presente por meio de devaneios em relação ao futuro. Uma pessoa melancólica deve procurar o auxílio do Espírito Santo para desviar seus olhos de si mesmo e localizá-los no “puro campo de colheita” das pessoas necessitadas à sua volta.

Vingativo - esta é outra característica do melancólico que, por seu perfeccionismo, tem dificuldade de perdoar.

Embora pareça calmo e sossegado, pode carregar dentro de si um ódio turbulento. Pode ser que jamais o ponha em prática, como o colérico, mas pode alimentar esse ódio vingativo por muitos anos.

O melancólico parece ter o maior número de forças e também de fraquezas, o que torna difícil encontrar um melancólico de nível médio, porém suas fraquezas acentuadas podem levá-lo à esquizofrenia ou hipocondria.

A fé em Jesus Cristo pode ajudá-lo muito com dons espirituais como o amor, a alegria, a paz, a bondade, a fé e o autocontrole.

O FLEUMÁTICO é:

Moroso e indolente - freqüentemente parece estar arrastando os pés, pois ressente-se de ser forçado à ação.

Tem falta de motivação, o que o toma um espectador da vida e reforça a tendência a fazer o mínimo necessário. Deixa de realizar muitos projetos sobre os quais pensa, mas que lhe parecem sempre trabalhosos.

O desassossego do sangüíneo e a atividade do colérico quase sempre o aborrecem, pois teme que eles o forcem a trabalhar.

Provocador - devido ao seu agudo senso de humor e capacidade de ser observador desinteressado, tem facilidade em provocar o próximo que procura motivá-lo.

Se um sangüíneo entra animado, o fleumático toma-se distante e frio. Se o melancólico se mostra otimista, ele o provoca com um otimismo exagerado. Se um colérico se aproxima repleto de planos, é um prazer requintado para o fleumático derramar água fria em seu entusiasmo.

Egoísta e obstinado - Com o passar dos anos, seu extremo egoísmo se acentua, porque torna-se uma defesa. Opõe-se obstinadamente a qualquer espécie de mudança. Deseja manter-se conservador para conservar suas próprias energias.

Indeciso – torna-se cada dia mais indeciso por seu temor de comprometer-se. Seu discernimento prático, sua calma e capacidade analítica podem, eventualmente, encontrar um método melhor para um projeto, mas, quando ele toma a decisão de executá-lo, alguém dos temperamentos determinados já está atuando no projeto.

As necessidades espirituais primordiais do fleumático são o amor, a bondade, a docilidade, a temperança e a fé.

RESUMO DAS RELAÇÕES DOS TEMPERAMENTOS COM OUTRAS PESSOAS – FEITO PELO DR. BALLESBY

O tipo sanguíneo gosta das pessoas e depois as esquece.

As pessoas aborrecem o melancólico, mas ele as deixa seguir seus caminhos tortuosos.

O colérico utiliza as pessoas para seu benefício próprio e, mais tarde, ele as ignora.

O fleumático analisa as pessoas com indiferença desdenhosa.

Esse resumo dá-nos a triste impressão de que os temperamentos são casos perdidos, mas temperamento não é personalidade nem caráter o — mais importante — ele pode ser controlado pelo Espírito.

O TEMPERAMENTO PLENO DO ESPÍRITO

Os frutos do Espírito são amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5:22-23).

O Espírito Santo provê qualquer temperamento de nove forças abrangentes e desconhece fraquezas.

É o homem como Deus entende que deva ser. Ele terá sua individualidade mantida por suas forças ingênitas, mas não será mais dominado pelas fraquezas.

Todas essas características do Espírito Santo estão presentes na vida de Jesus Cristo.

Examinaremos cada uma dessas características para que você possa compará-las com o comportamento atual.

1. O amor, como amor a Deus e ao próximo. Amarás ao Senhor teu Deus de lodo o teu coração, de toda tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mt 22:37-39)

Na verdade, esse amor é sobrenatural, pois o homem mais interessado no Reino de Deus do que no reino natural em que está vive uma relação sobrenatural com Deus.

O colérico tende a necessitar mais do fruto do amor em si que o sangüíneo, mas, se o Espírito controla sua vida, ele também será um indivíduo compassivo, amoroso e sensível.

O amor aqui não é só por aquele que nos provoca compaixão, mas por todos os homens, mesmo os inimigos. Esse tipo de amor faz duas pessoas de temperamentos opostos se amarem. Os doze apóstolos retratam todos os quatro tipos de temperamento e, no entanto, o Senhor Jesus lhes disse: Por isso todos os homens saberão que vós sois meus discípulos, se amardes uns aos outros. (Jo 13:35)

2. A alegria concedida pelo Espírito Santo não é limitada pelas circunstâncias. É uma das virtudes fundamentais do cristão ao lado do amor.

A vida plena do Espírito é caracterizada por olhar-se para Jesus, o Autor da nossa fé, aquele que nos força a saber que todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus (Rm 8:28).

O apóstolo Paulo escreveu da masmorra de urna prisão: Alegrai-vos sempre no Senhor, de novo vos digo: Alegrai-vos (Fp 4:4). Essa alegria sobrenatural é acessível a qualquer cristão independentemente do seu temperamento básico ou ingênito.

3. A paz – O Senhor Jesus disse: A paz vos deixo; dou-vos a minha paz (Jo 14:27) – A paz que Ele nos deixa é comparada à paz com Deus. “Dou-vos a minha paz” compara-se à paz de Deus. Esta paz Ele nos define como um coração despreocupado: Não se perturbe, nem desfaleça o vosso coração (Jo 14:1).

No versículo precedente, Ele chama o Espírito Santo de Consolador, portanto como fonte da paz de Deus.

O homem estranho a Jesus Cristo não conhece a paz com Deus porque seu pecado está sempre diante dele e ele sabe que terá de prestar contas a Deus no julgamento final. Aceitando Jesus como Senhor e Salvador, ele já entra numa relação de paz com Deus.

Agora, paz de Deus é aquela que permanece imperturbável diante de circunstâncias difíceis. Como Jesus, que dormia no barco enquanto doze discípulos se desesperavam com a tempestade.

O indivíduo imperturbado, tranqüilo e despreocupado, que enfrenta todas as circunstâncias da vida assim, possui urna paz que supera todo o entendimento (Ef 3:19)

4. A longanimidade (dois sinônimos mais satisfatórios: paciência e tolerância) – É a capacidade de suportar ofensas, passar por provações e enfrentar desgostos sem revidar, sem queixas ou revolta.

A pessoa que tem essa característica do Espírito Santo executa de modo complacente as tarefas mais desprezíveis ou árduas como se servisse a Deus nessas tarefas.

5. A benignidade – A maioria dos modernos tradutores do novo testamento a traduzem por bondade ou generosidade, o que diminui a importância dessa espécie de procedimento quase esquecida.

Ela é resultado da extrema compaixão do Espírito Santo para com a humanidade perdida e agonizante.

É uma bondade profunda, atenciosa, compreensiva.

A vida agitada e opressiva dos nossos tempos leva muitos cristãos a se enervarem com a intervenção dos “pequeninos” em sua obra.

Jesus Cristo, com sua alma delicada e benigna, nos mostra sua admoestação aos discípulos que quiseram impedir a aproximação das crianças, e disse: Deixai vir a Mim as criancinhas e não queirais impedi-las (Mc 10:13-14).

Outro exemplo de sua benignidade deu-se após sua ressurreição, quando disse a Maria: Vai contar aos meus discípulos e a Pedro (Mc 16:7). A referência a Pedro seria desnecessária, uma vez que Pedro era um de seus discípulos, mas a benignidade de Jesus não o deixava esquecer e menosprezar o remorso que seu discípulo estaria sentindo por tê-lo negado. O espírito benigno de Jesus era capaz de compreender o temperamento vacilante e inconseqüente do sangüíneo Pedro, que pergunta quantas vezes deverá perdoar um irmão (Mt 1-8:21). O Espírito Santo lhe responde com uma quantidade que o faz parar de contar, porque Ele não tem limite para perdoar.

6. A generosidade ou bondade - definida como qualidade do “pródigo de si mesmo e de seus bens”. Todos os atos dos indivíduos generosos são no sentido de dar e não de receber, revelando um coração desprendido. Paulo disse a Tito para pregar que os crentes em Deus se esforcem por distinguir-se na prática do bem (Tt 3:8), devido ao egoísmo do homem, que precisa ser ensinado a se ocupar com a generosidade.

Todos os quatro temperamentos conhecidos como ingênitos são egoístas de alguma forma, mas, para o melancólico, o desprendimento de si para voltar-se ao próximo é terapêutico.

Como diz o Senhor Jesus: É melhor dar do que receber (At 20:35).

7. A fé ou fidelidade - que se traduz na completa dependência de Deus, o antídoto perfeito contra o temor.

A fé é a chave para obter muitas graças de Deus. O próprio povo de Deus desperdiçou 40 anos no deserto por não acreditar em Deus. Assim como os espias que se acharam como se fossem gafanhotos diante dos gigantes de Canaã (Nm 13:33).

A Bíblia nos diz que há duas fontes de fé: uma delas é a pregação: A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10:17); a outra é o Espírito Santo: O fruto do Espírito é… a fé (Gl 5:22).

Aquele que possui um temperamento propício à dúvida, à indecisão e ao medo deve procurar a plenitude do Espírito Santo, único que pode dissipar tais tipos de emoções.

Confiai no Senhor; sede corajosos e Ele fortalecerá vossos corações, eu vos digo: confiai no Senhor (Sl 27:14).

8. A mansidão - O homem é, por natureza, orgulhoso, altivo e egocêntrico, mas, quando tem a vida plena do Espírito Santo, é humilde, meigo, submisso e cede facilmente às súplicas. Jesus foi o criador do Universo e, no entanto, dispôs-se a humilhar-se, assumindo a forma de servo para se submeter aos caprichos da humanidade que Nele cuspiu, esbofeteou e o matou para que Ele nos desse a redenção com o seu sangue. Com isso, nos ensinou a não revidar injúrias. Jesus, a quem todo poder e toda autoridade foram dados, teve de mostrar a Pedro que, nem por isso, deixaria de cumprir as Escrituras.

Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e ele me mandaria imediatamente mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim deve acontecer? (Mt 26.53-54).

9. O domínio próprio - é também traduzido como temperança e possibilita ao cristão evitar excessos emocionais de qualquer espécie.

É o temperamento estável, digno de confiança e disciplinado.

É a característica para os quatro tipos básicos de temperamento vencerem suas fraquezas.

A leitura metódica da Palavra de Deus dá ao cristão esse espírito uniforme e passível.

O temperamento sangüíneo é por demais inquieto para dedicar alguns minutos pela manhã à leitura metódica da Palavra.

O colérico tem força de vontade suficiente para fazê-lo, mas seu temperamento autoconfiante o impede de compreender a necessidade de se submeter a Jesus. Não compreende o “Sem Mim, nada podeis fazer“. Mesmo quando compreende, tem dificuldade de afastar sua mente do planejamento das atividades diárias.

O melancólico é o que tem maior facilidade para o estudo da palavra, mas sua capacidade analítica pode levá-lo a abstrações sobre a verdade divina ou suas orações podem transformar-se em queixas e lamentações devido à sua tendência a alimentar ressentimentos.

O fleumático pode concordar com um período de estudo metódico na vida cristã, mas sua inclinação à indolência e morosidade o faz utilizar-se pouco dessa disciplina e desse suprimento da Palavra de Deus.

Diante das dificuldades individuais ingênitas para obter a plenitude do Espírito Santo, pergunta-se: “Como posso ficar pleno do Espírito Santo”?

A resposta vem no próximo capítulo.

COMO SENTIR-SE PLENO DO ESPÍRITO SANTO

Cristo está nos crentes na pessoa do seu Espírito Santo.

Somos completamente dependentes do Espírito Santo para nos convencer do pecado anterior e posterior à nossa salvação, para ter a compreensão do Evangelho, nos orientar em nossa vida de oração, para possibilitar-nos nascer de novo e dar nosso testemunho.

Não há, provavelmente, nenhum tópico na Bíblia que provoque mais divergências como o de ser ou não pleno do Espírito Santo.

Muitos cristãos comparam a plenitude do Espírito Santo com o falar em línguas ou ter uma experiência de êxtase emocional. Outros devido aos excessos já cometidos quanto a este aspecto, eliminaram, por completo, o seu ensinamento.

Satanás, quando não consegue impedir a salvação do indivíduo, tenta enganá-lo quanto à associação da plenitude do Espírito Santo à sensações emocionais.

Vejamos o que nos diz a palavra de Deus a esse respeito.

• O que esperar quando pleno do Espírito Santo?

1. As nove características do temperamento pleno do Espírito Santo (Gl 5:22-23)

Alguns que julgam ter possuído a plenitude do Espírito Santo por unção, nada sabem sobre o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a generosidade, a docilidade, a fé e o autocontrole

2. Um coração alegre, grato e um espírito submisso. (Ef 5: 18-21)

Não vos embriagueis com vinho, fonte de desregramento; mas enchei-vos do Espírito; Entretei-vos com salmos, hinos e cantos inspirados; Cantai e celebrai o Senhor de todo coração; Dai sempre graças a Deus por todas as coisas, em nome do Senhor Jesus Cristo; Sede submissos uns aos outros no temor de Deus. O Espírito de Deus é capaz de transformar um coração sombrio num coração repleto de canções e agradecido. Ele troca o coração cheio de rebelião congênita por um coração submisso à vontade de Deus. Os mesmos resultados da vida plena do Espírito são os da vida na Palavra. (Cl 3:16-18)

Que a palavra de Cristo habite abundantemente em vós: ensinai e admoestais-vos uns aos outros com toda a sabedoria, e do fundo dos vossos corações agradecidos, cantai louvores a Deus, com salmos, hinos e cânticos inspirados.

E tudo o que fizerdes, em palavra ou obra, seja, sempre, em nome de Jesus, o Senhor, dando por Ele graças a Deus Pai.

Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como é conveniente, segundo o Senhor. Os resultados iguais se explicam porque o Espírito Santo é o autor da Palavra de Deus. Isto mostra o erro daqueles que tentam receber o Espírito Santo por alguma experiência única e definitiva.

3. O Espírito Santo nos concede o poder para dar testemunho. (At 1:8)

Mas quando o Espírito Santo descer sobre vós, recebereis uma força, e então sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e por toda a parte, até os confins da Terra. Jesus teve que ir para que o Consolador viesse. (Jo 16:7)

Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Mesmo tendo passado três anos com Jesus, ouvindo suas mensagens várias vezes e sendo testemunhas dos seus milagres, Ele ainda recomendou aos discípulos que não saíssem de Jerusalém, mas aguardassem o cumprimento da Palavra do Pai (At 1:4), isto é, o derramamento do poder do Espírito Santo.

Também nós podemos ter a esperança de possuir a facilidade de testemunhar quando plenos do Espírito Santo. Somente pela fé no que nos garante a Palavra, de que temos poder para testemunhar, isto é para dar frutos, é que tomamos posse desse poder, porque muitas vezes não temos discernimento suficiente ou mesmo informação sobre todos os frutos de nossa vida plena no Espírito Santo.

É possível dar-se testemunho do poder do Espírito Santo sem ver os frutos de imediato. Você pode pregar o Evangelho a uma pessoa e, naquele momento, ela não aceitar Jesus como Salvador, mas o Espírito Santo agiu e continua agindo, e, depois de algum tempo, você mesmo poderá receber a notícia da conversão da pessoa.

4. O Espírito Santo glorificará Jesus Cristo (Jo 16:13-14).

Quando Ele vier, o Espírito da verdade, conduzir-vos-á à verdade completa. Pois não há de falar por si mesmo, mas dirá tudo que tiver ouvido, e anunciar-vos-á as coisas futuras.

Ele me glorificará, porque receberá do que é meu para vos anunciar.

Princípio fundamental da plenitude do Espírito Santo é não glorifícar-se a si mesmo, mas ao Senhor Jesus Cristo.

Se, em alguma época ou situação, alguém recebe a glória e não Jesus, pode-se estar certo de que este fato não se dá sob o poder e a direção do Espírito Santo.

O Espírito Santo sempre deixará o crente mais cônscio do Senhor Jesus que de si próprio.

Resumindo, o que podemos esperar de um temperamento pleno do Espírito Santo?

As nove características desse temperamento; um coração que canta e dá graças, que nos concede uma atitude submissa à Palavra e a faculdade de dar testemunho.

Quanto à sensação de êxtase, a Bíblia não nos promete isto.

• Como sentir-se pleno do Espírito Santo ?

A plenitude do Espírito Santo não é facultativa na vida cristã, mas um imperativo: enchei-vos do Espírito (Ef 5:18).

Cinco orientações simples para sentir-se pleno do Espírito:

1. Auto-analise (At 20:28 e I Co 11:28)

Examine-se o homem a si mesmo. Comparando-se com os outros? Não.

Mas, conhecendo as características bíblicas da plenitude do Espírito já ciladas, sua auto-analise lhe indicará em qual ponto está falhando.

2. Confissão de todo pecado conhecido (1 Jo 1:9)

Se confessarmos nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar-nos e purificar-nos de toda a iniqüidade.

Após a auto-análise, o Espírito Santo já nos tem revelado nossos pecados, isto é, nossas falhas em relação à sua plenitude em nós, e Deus nos purificará, e nossa alma pura será então preenchida pelo pleno Espírito.

3. Submissão completa a Deus (Rm 6:11-13)

Do mesmo modo, considerai-vos também vós como mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus nosso Senhor.

Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, sujeitando-vos às suas paixões.

Não ponhais vossos membros a serviço do pecado como armas de injustiça; mas como quem ressurge da morte para a vida, ponde-vos, a vós e a vossos membros, quais armas de justiça, a serviço de Deus.

Para se sentir pleno do Espírito Santo, a pessoa deve pôr-se inteiramente à disposição de Deus para fazer qualquer coisa que o Espírito Santo ordene.

Israel restringiu o Senhor, não somente por sua falta de fé, mas por sua rebeldia e obstinação. Assim como uma pessoa que se submete ao vinho para sentir seus efeitos, devemos nos submeter ao Espírito Santo para nos sentirmos plenos Dele. Por isso a carta aos Efésios faz esta comparação em 5:18: “Não vos embriagueis com o vinho… mas enchei-vos do Espírito“.

Para os cristãos, muitas vezes é difícil essa submissão porque já encontraram um propósito para suas vidas, sem saber que, na verdade, estão plenos de si mesmos. Não sabem que, quando entregamos nossa vida a Deus, devemos fazê-lo sem oferecer restrições ou condições.

Temo que, muitas vezes, estejamos tão entrosados em uma boa atividade cristã que não estejamos “disponíveis” para a orientação do Espírito.

4. Peça para sentir-se pleno no Espírito Santo (Mt 7:11)

Se vós pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem. Quando o cristão já se examinou, confessou seus pecados e, conscientemente, se entregou, sem reserva, a Deus, então está pronto para pedir o Espírito Santo para si. Com esse preparo, não estamos querendo dizer o que muitos crentes têm ouvido: que há necessidade da provação, da espera para receber o Espírito Santo.

Apenas aos discípulos foi dito que esperassem porque ainda não havia chegado o Pentecostes. Desde aquele dia, os filhos de Deus têm apenas que pedir a plenitude para conhecê-la.

5 . Creia-se pleno do Espírito Santo e agradeça a Ele a Sua plenitude (Rm 14:23; I Ts 5:18)

Quem, pelo contrário, tem dúvidas e, apesar disso, come, incorre em condenação, porque não age com convicção de fé. Tudo quanto não procede da convicção de fé é pecado.

Em todas as circunstâncias, rendei graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus. É aqui que muitos cristãos perdem a batalha.

O mesmo cristão que, em seu trabalho evangelístico, diz ao novo convertido para “aceitar Deus em Sua Palavra no que concerne à salvação”, tem dificuldade de aceitar o próprio conselho quanto à plenitude do Espírito, se a Palavra diz: “quanto mais o vosso Pai Celestial dará o Espírito Santo aos que pedirem“?

Não espere algum sinal ou sensação de plenitude no Espírito. Una à sua fé a Palavra de Deus, que independe de sentimentos. As sensações normalmente sucedem à nossa fé, à nossa aceitação de Deus e sua Palavra, não o contrário.

• Andar segundo o Espírito (Gl 5:16 e 25)

Portanto: andai segundo o Espírito e não cumprireis os desejos da carne. Se vivermos pelo Espírito, guiemo-nos também pelo Espírito.

Andar segundo o Espírito e sentir-se pleno do Espírito Santo não são a mesma coisa, apesar de intimamente relacionadas.

Andar segundo o Espírito é sentir-se pleno do Espírito Santo em todas as ações do nosso dia-a-dia, ao ajoelhar para orar, ao varrer a casa, ao ouvir uma conversa ao telefone, em qualquer parte. É a comunhão constante com Deus que é o mesmo que viver em Cristo. É livrar-se das fraquezas em vez de ser dominado por elas.

Essa é a vontade de Deus para todos os crentes.

MAGOANDO O ESPÍRITO SANTO POR MEIO DA IRA

Nenhuma palavra vã saia da vossa boca, mas só o que seja capaz de edificar, quando for necessário, e de fazer bem a quem ouvir. Não contristeis o Espírito Santo de Deus, que vos marcou com o seu carimbo para o dia da Redenção. Amargura, indignação, cólera, gritos, injúrias e toda espécie de malícia, sejam banidos dentre vós.

Sede, antes, bondosos e misericordiosos uns para com os outros, perdoando vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo. (Ef 4:29-32)

Magoar o Espírito Santo por meio da ira, amargor, cólera ou outras formas de obstinação humana, provavelmente, arruíne mais testemunhos cristãos do que qualquer outra espécie de pecado.

Na carta aos Gálatas (5:20), Deus coloca a ira, a dissensão e a indignação na mesma categoria dos crimes de embriaguez e das orgias dizendo: “…eu vos previno, como já fiz: aqueles que praticam isso não herdarão o reino de Deus“.

A ira – Um pecado universal

A ira e o medo são dois pecados universais, e normalmente andam juntos, pois o medo e a ansiedade levam a um temperamento irado, e a pessoa constantemente irada tende a ser ansiosa, portanto medrosa.

A ira entristece o Espírito Santo e o medo o extingue.

Em nosso estudo sobre temperamentos, descobrimos que os sangüíneos e os coléricos tendem a ser irados, enquanto os melancólicos e fleumáticos tendem a ser medrosos, e que somos a combinação de dois ou mais temperamentos. Portanto, um indivíduo 70% colérico normalmente será 30% melancólico e terá em si a ira e o medo como componentes de seu temperamento.

O alto preço da ira

O alto preço da ira manifesta-se em vários aspectos de nossa vida, a saber:

Emocional

A ira e o amargor reprimidos tornam a pessoa desequilibrada emocionalmente, fazendo-a tomar decisões prejudiciais e até embaraçosas. Somos pessoas extremamente emotivas. Assim fomos feitos por Deus, não devemos deixar a ira esmagar o amor, que é a emoção mais preciosa.

A ira aparece com várias facetas para que satanás nos engane fazendo-nos pensar que não a sentimos. Ei-las:

AmargorRancorProtestoInvejaRessentimentoIntolerância

Crítica

Vingança IndignaçãoÓdioInsubordinaçãoCiúmesAgressãoMaledicência

Sarcasmo

Inclemência


Social

Não há dúvida de que os rabugentos, os mal-humorados e irados vão sendo eliminados das listas sociais. A ira de um esposo pode fazer os dois serem excluídos das reuniões dos amigos, criando um problema no casamento. E o irado, quanto mais velho fica, vai tendo mais dificuldade para disfarçar o seu temperamento ranzinza, pois perdeu a vontade de agradar o próximo.

Que tragédia se vovô for cristão e não permitiu que o Espírito Santo de Deus lhe modificasse os atos do corpo muitos anos antes.

Física

A ira e o amargor causam tensão, que, por sua vez, produz o desequilíbrio físico. Junto às doenças provocadas pelo estado constante de ira e ressentimento, vem o prejuízo financeiro, devido ao dinheiro gasto com médicos e remédios.

Porque toda nossa estrutura física é intimamente ligada ao nosso sistema nervoso central, mais exatamente, o centro emocional situado entre nossas têmporas, que envia os impulsos para a ação dos órgãos e membros de nosso corpo.

UM HOMEM SEM CRISTO

São três as partes mais importantes da essência do homem: a vontade, a mente e o coração (centro emocional). O homem é afetado emocionalmente pelo que é depositado na sua mente e o que deposita na mente é determinado por sua vontade, portanto, se o homem não quer obedecer a Deus é registrado em sua mente informações que produzem emoções contrárias à vontade de Deus, estas emoções geram ações que desagradam a Deus.

Todo pecado se inicia na mente. Por exemplo, muito antes de um homem cometer adultério, a luxúria já habitava em sua mente. A literatura e imagens obscenas incentivam a mente para o mal, enquanto a Palavra de Deus acalma as emoções do homem e o conduz a caminhos de virtude. Sua mente recebe o que sua vontade escolhe para ler, ver e ouvir.

Por isso, o Senhor Jesus nos legou esta exigência: Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda tua alma (vontade) e com toda tua mente. (Mt 22:37)

O Dr. Mc. Millen (“Nenhuma dessas moléstias”) declara: “O centro emocional produz essas vastas mudanças por meio de três mecanismos principais: Pela alteração de quantidade de sangue que flui para um órgão; pela influência na secreção de algumas glândulas e pela alteração da tensão dos músculos”. As emoções de ira e ódio provocam um suprimento anormal de sangue no cérebro devido à dilatação dos vasos sangüíneos. Uma vez que o crânio é uma estrutura rígida, sem espaço para dilatação, esse rancor pode causar fortes dores de cabeça.

O ódio pode ocasionar o efeito contrário em outros órgãos, como estômago, intestinos, vesícula, fígado, coração, pulmões etc., restringindo o fluxo de sangue nesses órgãos e provocando, assim, doenças.

Segundo o Dr. Mc. Millen, até mesmo doenças infecciosas são causadas por tensão emocional prolongada, que provoca a queda da resistência.

Os próprios psicólogos dizem que o homem é incapaz de controlar suas emoções pela vontade.

É verdade, pois só o poder de Jesus Cristo é capaz de tomar um indivíduo irado e sarcástico em um ser amoroso, compreensivo, generoso e dócil.

Espiritual

O mais alto preço pago por uma pessoa de temperamento rancoroso se encontra no reino espiritual. Jesus veio para nos dar a vida eterna, que começa, não quando morremos, mas no momento em que passamos a estar Nele, sentindo-nos plenos do Espírito Santo.

A mágoa infringida ao Espírito Santo pela cólera, a indignação e as inquietações interiores impede que Deus atue na vida do cristão, dando-lhe a vida fecunda que ele deseja ter. Impede-nos de “acumular riquezas no céu“, que é nosso objetivo se obedecemos à Palavra.

A causa básica da ira

O que provoca em um ser perfeitamente normal, amável, equilibrado uma súbita reação de revolta?

A aceitação da resposta a esta pergunta permite ao cristão dar um grande passo em direção à cura.

Desculpando-nos de nossa ira com justificativas infundadas, estamos adquirindo mais uma fraqueza do espírito, que é o egoísmo. Quando me zango é porque alguém violou meus direitos e estou preocupado comigo mesmo. E, se alguém disser que estou cultivando um espírito rancoroso e vingativo, vou responder que ele faria o mesmo se vivesse nas condições em que vivo ou com tais pessoas.

Se, em vez de colocar a culpa na outra pessoa, cultivando nosso egoísmo, passarmos a olhar para Deus, que promete suprir as nossas necessidades, vamos nos sentir vitoriosos sobre todo sentimento de rancor, ressentimento e sobre o próprio egoísmo, por afastarmos os olhos de nosso sofrimento.

Uma vez que colhemos o que plantamos, e que o amor gera amor, em breve veremos os frutos de nossa nova atitude na mudança de atitude dos outros.

O medo aniquila o Espírito Santo

Sede sempre alegre.

Orai sem cessar.

Em todas as circunstâncias, rendei graças, pois esta é a vontade de Deus a nosso respeito, em Cristo Jesus.

Não apagueis o Espírito. (1 Ts 5:16-19)

Vimos, no capítulo anterior, que a ira magoa o Espírito Santo. Agora, veremos como o medo aniquila.

O regozijar-se e dar graças sempre a Deus, mesmo em circunstâncias adversas, é algo que só a plenitude no Espírito Santo permite. Esse regozijo tem base na fé que tem o cristão no amor e no poder de Deus em sua vida.

Uma atitude de descrença na fidelidade de Deus, porém, pode ser causada pelo medo e aniquilar a alegria do Espírito.

O medo é universal

A primeira reação ao pecado e à desobediência de Adão e Eva foi o medo, pois se esconderam de Deus, que passava pelo jardim do Éden por volta da viração do meio dia (Gn 3:8-10).

Desde aquele dia, quanto maior é a desobediência do homem a Deus, maior é seu medo. O inverso também é verdade: quanto mais obedece a Deus, mais se apóia Nele em suas necessidades.

O próprio Senhor Jesus admoestou várias vezes os discípulos quanto à sua pequena fé e seu medo. As condições do mundo não são propícias para a paz e para a fé hoje em dia, pois elas fazem com que muitos tenham medo. Por isso é muito bom para o filho de Deus ouvir de Jesus:

Havereis de ouvir também falar em guerras e rumores de guerras, não vos deixeis alarmar. (Mt 24:6)

Os homens atuais temem o fracasso, o nervosismo, a pobreza, o enfarto. A insegurança financeira tem tirado o sono de muitos.

O preço emocional do medo

É grande o número de pacientes com problemas emocionais nos consultórios devido ao medo. E a maioria das coisas que os indivíduos temem jamais acontecem ou não tem a proporção que eles lhes dão.

O preço social do medo

As pessoas emocionalmente desequilibradas tendem a ser evitadas, o que agrava o seu desajuste emocional.

O preço físico do medo

Assim como a ira, a tensão emociona! causada pelo medo causa pressão alta, deficiência cardíaca, distúrbios digestivos e intestinais, artrite, dores de cabeça e outras.

Estados de tensão passageira, como quando temos de falar em público, provocam várias reações orgânicas como secura da boca, tremor, e esta é uma reação normal, se for passageira, mas um estado constante de tensão desse tipo passa a lesar o corpo

Deus deu capacidade à nossa glândula supra-renal para injetar adrenalina em nosso sistema circulatório em situações que exijam um esforço maior ou reflexo mais rápido. Porém esse excesso de adrenalina é eliminado rapidamente pelo corpo assim que o estado de tensão passar. Se, no entanto, esse estado se prolongar por horas devido a preocupações cotidianas, esse excesso pode ocasionar sedimentação de cálcio nas articulações, provocando artrites. Não é de estranhar que o Senhor Jesus tenha dito em seu sermão da montanha: “Não estejais preocupados relativamente á vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem relativamente ao vosso corpo, com o que haveis de vestir…” (Mt 6:25). O Espírito Santo também nos diz: “Não vos ansieis por coisa alguma… (Fl 4:6).

Deus não nos fez com os ombros suficientemente largos para carregar todo o peso do mundo, nem mesmo os problemas de nossa família, mas o Senhor Jesus pode realizar muito mais que tudo que pedimos e imaginamos (Ef 3:20).

O preço espiritual do medo

O medo não permite que sejamos cristãos alegres, felizes, radiosos, pelo contrário, torna os cristãos ingratos, queixosos, até mesmo infiéis. Se Paulo e Silas tivessem se amedrontado quando presos, jamais teriam ouvido do carcereiro: Senhor, o que devo fazer para ser salvo? (At 16:30)

O medo impede que o cristão agrade a Deus. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6). O Capítulo 11 de Hebreus tem exemplos de homens e mulheres que agradaram a Deus porque não foram vencidos por suas fraquezas ingênitas, ou pelo medo ou pela ira, mas obedeceram a Deus pela fé.

É só considerarmos o temperamento destes quatro homens: Pedro, o sangüíneo, Paulo, o colérico, Moisés, o melancólico, e Abraão, o fleumático, para vermos que Deus não acata os indivíduos, mas torna suas fraquezas em força, por meio de Seu Espírito Santo, e o fará por você também.

O que provoca o medo

Existem, pelo menos, oito causas do medo:

Características de temperamento

Os temperamentos melancólico e fleumático são mais propensos aos sentimentos de medo, mas todos estão sujeitos a ele pois não são puros quando sangüíneos ou coléricos.

Experiências na infância

O amor e a compreensão junto com o ensinamento dos padrões bíblicos de vida, inclusive a submissão aos pais impedem o desenvolvimento de filhos medrosos. Entretanto, há certos hábitos dos pais que devem ser evitados:

Excesso de proteção

Pais excessivamente protetores tornam a criança egocêntrica e medrosa em relação às coisas que lhe acontecem e também em relação às que seus pais temem, pois elas aprendem rapidamente a conhecer nossas emoções.

A mãe que não deixa o filho jogar futebol porque ele pode quebrar um dente ou uma perna não sabe que é muito mais fácil curar uma perna quebrada do que curar as cicatrizes que o medo deixa em nossas emoções, o que só um milagre de Deus pode fazer.

Domínio sobre os filhos

Pais coléricos que dominam a vida de seus filhos ou que se aferram à crítica constante por uma falha, freqüentemente, criam insegurança, hesitação e medo nos filhos. Sempre deve-se seguir um elogio após uma crítica.

Quanto mais uma pessoa nos estima, tanto mais importante é procurarmos uma área em sua vida em que possamos mostrar aprovação. Mesmo na hora da correção, é preciso mostrar afeto aos filhos.

Uma experiência traumática

Experiências traumáticas, como um quase afogamento na infância, deixam marcas ocultas nas emoções das pessoas, que geralmente as acompanham a vida inteira.

Um padrão do pensamento negativo

Um indivíduo que mantém um padrão derrotista acha-se sempre incapaz de tentar algo novo e sugestiona-se todo tempo com o “não posso, não posso”. Esse comportamento diminui a autoconfiança e gera o medo. Mas há uma solução para o cristão, que pode decorar Fl 4:13: Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

Ira

A ira pode causar o receio quanto às próprias atitudes violentas.

O pecado provoca o medo

Se o nosso coração não nos repreende, podemos recorrer confiantes a Deus (1 Jo 3:21). Este princípio, que nos relembra de nosso relacionamento com Deus toda vez que pecamos, tem causado uma falsa interpretação em psiquiatras e psicólogos não cristãos, que acusam a pregação cristã de causadora de complexos de culpa. Mas a verdade é que o pecado gera o sentimento de culpa e não nossa relação com Deus, isto desde Adão e Eva.

A falta de fé

Há dois tipos de medo que a falta de fé gera mesmo em um cristão. Um deles é o medo de um pecado passado porque não crê que Deus tenha-lhe purificado de todo pecado (1 Jo 1:9). Outro tipo de medo causado pela falta de fé é o medo do futuro.

A preocupação com as dificuldades que possam surgir no futuro, ou mesmo no dia de amanhã, impede que vivamos plenamente a graça que Deus nos dá no dia de hoje. Como diz o salmista em Sl 118:24: Este é o dia que o Senhor criou; nele regozijaremos e seremos alegres.

O egoísmo – o motivo básico do medo

Por que tenho medo? Porque estou preocupado comigo.

Por que me sinto embaraçado diante de uma platéia? Porque tenho medo de fazer um papel feio.

Por que receio perder o emprego? Porque temo mostrar-me um fracassado diante de minha família ou da igreja.

Não seja uma tartaruga

Quando você se sente intimidado diante de um grupo de pessoas porque acha que estão todos olhando para você, esconde-se e evita participar de atividades em que você seja o foco das atrações, você é como a tartaruga que se esconde sob o casco, mostrando furtivamente a cabeça para se proteger. O seu casco é o egoísmo. Jogue-o fora e pense mais nos outros que em si mesmo.

Quem quer ser uma ostra?

Se quisermos uma vida emocional plena, precisamos nos tomar vulneráveis, aprender a “dar a outra face”, senão teremos de criar couraças emocionais até nos tomarmos uma ostra, completamente fechada, que não corre o menor risco de ser ferida.

O medo, como vimos, deve ser considerado um pecado e não desculpado como um padrão normal de comportamento.

Estaremos livres dele, estando plenos do Espírito Santo.

A DEPRESSÃO, SUA CAUSA E SUA CURA

A depressão é uma moléstia emocional que pode ser chamada de universal. Atinge cultos e incultos, pobres e ricos.

É definida no dicionário como “distúrbio mental caracterizado por desânimo, sensação de cansaço, cujo quadro inclui ansiedade em grau maior ou menor.”

Deus, que nos exorta dizendo: esforça-te e tende bom ânimo (Js 1.6), jamais desejou nos ver nesse estado. Ele nos deixou uma vida abundante!

O crente pleno do Espírito Santo nunca se sentirá deprimido. Aquele que se sentir assim já magoou o Espírito e pagará um preço vultoso por isso.

O vultoso preço de sentir-se deprimido

São, pelo menos, cinco os prejuízos causados pela depressão:

Melancolia e pessimismo

Para o indivíduo deprimido, tudo se lhe afigura negro, e as coisas mais simples lhe são difíceis. Faz uma “tempestade num copo d’água”, o que o torna uma companhia desagradável, obrigando-o a pagar o preço da solidão.

Apatia e cansaço

Todo indivíduo necessita do sentimento de realização que sucede a uma tarefa bem executada, sentimento que é repelido pela apatia do deprimido.

A apatia, com certeza, não é um solo fértil em que brotem as sementes dos ideais e objetivos. A falta de um ideal, por sua vez, mantém o indivíduo apático e sem vitalidade, por isso apresenta-se ele sempre cansado.

É o que acontece com os jovens de hoje, sem ideal, apáticos e cansados com a menor atividade.

Eles precisam desesperadamente que indivíduos plenos do Espírito Santo lhes mostrem a vida abundante que Jesus tem para lhes dar.

Hipocondria

Uma pessoa deprimida tem dores generalizadas, que ela usa para desculpar sua apatia, em vez de combatê-la.

A lembrança de uma experiência traumática acompanhada de dor leva o indivíduo a sentir a mesma dor quando a experiência se repetir ou quando pensar nessa experiência. E a tendência do deprimido é focalizar a atenção sobre aquilo que a desagrada, tomando-se um doente crônico.

A perda de produtividade

A conseqüência inevitável da apatia é a perda de produtividade que faz com que pessoas bem dotadas jamais concretizem suas potencialidades. Com isso, perdem nesta vida e também na vida eterna.

A Palavra de Deus é que diz: Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; o tal será salvo, todavia como pelo fogo (1 Co 3.15) e Jesus, em Mt 25:14-30, fala sobre um servo mau e indolente.

O cristão só pode ficar deprimido por não poder testemunhar sua fé ao próximo.

Irritabilidade

O deprimido fica irritado até com a atividade e disposição dos outros enquanto ele está pensativo e melancólico.

Introspecção

O indivíduo deprimido tende a fugir das situações que considera desagradáveis e a buscar refúgio nos devaneios nostálgicos ou ligados ao futuro. Esse comportamento toma-o pouco comunicativo e isolado.

A causa da depressão: Na verdade, há algumas causas básicas para a depressão, a saber:

As tendências do temperamento

O temperamento mais vulnerável a ela é o melancólico, porque a experimenta por um período mais longo.

O sangüíneo passa por um momento de depressão, mas, logo que encontra uma companhia animada, ele se anima também.

O colérico é um otimista perene e acha a depressão pouco prática para aceitá-la.

O segundo lugar dos temperamentos em relação à depressão é do fleumático, embora os ataques não sejam tão freqüentes devido ao seu bom humor.

Os motivos que levam o melancólico à depressão são três:

1º) Sua maior fraqueza é o egocentrismo, que se perpetua com o hábito da auto-analise constante, levando-o à introspecção típica da depressão.

2º) O melancólico é um perfeccionista que critica com facilidade não só os outros como a si mesmo, o que o toma escrupuloso e meticuloso. Normalmente se dedica a seus objetivos com um esforço imenso e grande trabalho, achando-se, por isso, melhor que os outros e passando a dominar o grupo. Atinge seu padrão, mas se toma malquisto e desprezado, o que o leva à depressão.

3º) O perfeccionismo do melancólico o leva à frustração, pois não consegue executar com perfeição todas as tarefas que se impõe.

A hipocrisia

O cristão que tenta enquadrar-se aos padrões cristãos apenas pelo autocontrole e não por uma genuína conversão do espírito, terá de suportar doenças e frustrações que podem tomá-lo deprimido.

Problemas físicos

Uma pessoa debilitada tende a achar grande dificuldade em executar qualquer tarefa, o que a toma deprimida, a não ser que diga como Paulo: quando estou fraco, então é que sou forte (2 Co 12.10).

A carência de vitamina B e de hormônios pode levar à depressão. Por isso não devemos ver apenas as causas espirituais e emocionais.

O demônio

Se não estiver pleno do Espírito Santo, o cristão pode ser oprimido pelo demônio que o leva à depressão.

Rebelião e descrença

O Salmo 79 descreve a angústia e abatimento de Jerusalém pela derrota sofrida diante da invasão dos inimigos, porém pede, no versículo 9, perdão pelos seus pecados, que foram justamente a descrença e a rebelião.

A falta de fé de que Deus tem o melhor para ele, mesmo que a seus olhos pareça o contrário, leva-o à rebelião.

Seguindo seus próprios caminhos e não os de Deus, o homem sofre, fracassa e se deprime por isso.

Desgaste psicológico

A um grande e desgastante projeto realizado, é comum seguir-se uma crise de depressão. É o que acontece com alguns ministros depois de concluído o projeto de construção de uma igreja. Para eliminar a depressão, é preciso traçar objetivos mais elevados.

Elias foi um homem de Deus que, depois da grande vitória de fazer descer fogo dos céus e matar quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, disse para Deus: Já basta, ó Senhor. Toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais (1 Rs 19:4), obrigando Deus a se dirigir a ele para dar-lhe novos objetivos.

Autopiedade – a causa básica da depressão

Não importa quais sejam as causas apontadas até aqui, elas são apenas desculpas para não buscar a cura do Todo-Poderoso e ficar deprimido.

Porque a pessoa só se prostra em depressão após um longo período cativa do pecado da autocomiseração ou egocentrismo.

Este pecado é tão sutil que a própria pessoa não se apercebe que o tem.

Alguém pode ter o apoio de quase todos os membros da igreja para uma obra que executa, mas, se tiver um opositor ou achar que o tem, passará a se sentir desprezada e com pena de si mesma.

Como diz a Bíblia: O que quer que o homem semeie, isso ele lambem colherá. (Gl 6:7), portanto, se semear autopiedade; colherá depressão.

Quando descobrimos em nós a fraqueza da autopiedade, já temos meio caminho andado para a cura da depressão e outros males.

COMO VENCER SUAS FRAQUEZAS

Tirando vantagens do temperamento

Não é vontade de Deus que suas características ingênitas sejam destruídas. É da Sua vontade que Cristo seja glorificado em todas as áreas de sua vida de acordo com sua personalidade.

Para que suas forças sejam bem aproveitadas, é preciso que você conheça suas fraquezas e busque, para superá-las, a unção do Espírito Santo, para que você seja o ser completo que Ele deseja utilizar para Sua glória.

Faça uma lista de suas fraquezas após definir o temperamento ao qual pertence, depois procure a plenitude do Espírito Santo para vencê-las.

O egoísmo – A causa da fraqueza do homem

O egoísmo foi o pecado original de Satanás: Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte. Subirei acima das mais altas nuvens; serei semelhante ao Altíssimo. (Is 14:13-14), de Adão e Eva e Caim (Gênesis). A partir daí, tem sido o causador de mágoas, miséria, guerras, até os dias de hoje.

Como os dez mandamentos são o padrão de obediência a Deus, constatamos que o homem generoso os obedece, enquanto o egoísta os transgride.

Por exemplo, o indivíduo que é generoso em relação a Deus obedecerá a Ele humildemente e apenas a Ele adorará; não usará Seu nome em vão, nem fará para si mesmo imagens esculpidas; guardará o dia do Senhor, em vez de profaná-lo para fins egoístas. O indivíduo generoso honra pai e mãe; não furtará; não prestará falso testemunho contra o próximo; não adulterará, nem cobiçará o que é do próximo.

Desta maneira, pode-se facilmente concluir que o coração egoísta poderá cometer todos esses pecados.

O Espírito Santo – A cura de Deus para as fraquezas do temperamento

Como já vimos no início do resumo, as nove características do indivíduo pleno do Espírito Santo suprem-no da força necessária para combater as próprias fraquezas.

Em primeiro lugar, é preciso passar pela experiência instantânea de aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador. É só abrir a porta que Ele entrará e ceará com você (Ap 3:20). Cear significa manter com você um relacionamento por meio do Seu Espírito.

Vencendo as fraquezas

O Espírito Santo vencerá suas fraquezas se você for pleno Dele. Mesmo assim, é bom seguir um programa planificado para vencer suas fraquezas:

Encare suas fraquezas como pecados

Em primeiro lugar, não apresente desculpas para suas fraquezas — frases como “Eu sou assim mesmo, é o meu jeito”. É preciso encarar as fraquezas como elas são: pecados, o quais o Espírito Santo pode ajudá-lo a eliminar. Se Deus diz em Sua Palavra: Posso todas as coisas Naquele que me fortalece (Fp 4:13), e não O consideramos mentiroso, você pode vencer todas as fraquezas tendo em você o Espírito de Deus.

Confesse o seu pecado todas as vezes!

Logo que descobrir seu pecado, confesse-o, pois Ele é fiel e Justo para perdoar-nos e purificar-nos de toda a iniqüidade (Jo 1:9). Esse versículo deve ser usado com constância para que não passemos longo tempo com o pecado em nossas vidas, prejudicando nossas bênçãos espirituais.

Peça a Seu amoroso Pai para livrá-lo desse pecado

Esta é a confiança que temos Nele; se pedirmos alguma coisa conforme a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos escuta em tudo que pedirmos, sabemos que possuímos tudo o que houvermos pedido a Ele. (Jô 5:14-15)

A vitória sobre o egoísmo, o medo e a ira é vontade de Deus, portanto, se pedirmos que Ele cure nossas fraquezas, Ele o fará.

Creia que Deus tenha dado a vitória

Muitos cristãos perdem a oportunidade de ser curados quando pedem a cura mas não se sentem curados.

Você pode todas as coisas Naquele que te fortalece, inclusive ser manso e não irado, confiante em vez de medroso.

A primeira Carta aos Tessalonicenses diz: em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

Portanto devemos, pela fé, dar graças pela cura que Ele processou em nossas fraquezas.

Solicite a plenitude do Espírito Santo

Já vimos, neste resumo, que podemos pedir a plenitude do Espírito Santo de acordo com a Palavra de Deus em Lucas 11:13: Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai do céu dará o Espírito Santo aos que pedirem!

Andai segundo o Espírito e habitai em Cristo (Gl 5:16)

Se habitardes em Mim e Minhas palavras habitarem em vós, podeis pedir o que desejardes que vos será concedido (Jo 15:7).

Isto é o que nos ensina Jesus e, para que Suas palavras permaneçam em nós, precisamos conhecê-las lendo a Bíblia. Ela deve ser a fonte de seu alimento espiritual. O novo cristão deve começar por João, depois 1 João, Carta aos Filipenses e Efésios, para, então, ler todo o Novo Testamento e, finalmente, o Velho Testamento. Ternos de ter o hábito de nos alimentar diariamente da Palavra de Deus como temos o hábito de almoçar todos os dias, por exemplo.

A oração também deve ser uma prática diária, não só as longas e benéficas horas de oração em seu quarto, mas a incessante consulta a Deus a respeito do trabalho, dos assuntos familiares, condicionando tudo a que “seja feita a Sua vontade”. O que quer dizer tomar decisões que não transgridam a Palavra de Deus.

Servir a Cristo é também uma forma de estar Nele. Se alguém me serve, o Pai o honrará (Jo 12:26).

Se você não O está servindo, então está sendo servido.

As pessoas mais felizes do mundo são aquelas produtivas para Cristo, porque vivem para Deus e para o próximo e não têm como sentir autopiedade.

A força do hábito

Mesmo conhecendo os benefícios de estar pleno do Espírito Santo, você, de repente, poderá se ver repetindo velhas ações pela força do hábito. Mas não desista de sua busca, sabendo que Maior é Aquele que está em nós do que aquele que está no inundo (1 Jo 4:4) e utilizando seis passos para isso:

• enfrente o fato como um pecado;

• confesse-o;

• peça ao Pai para extirpar esse hábito;

• agradeça-O antecipadamente pela vitória;

• pela fé, suplique a plenitude do Espírito Santo e

• ande segundo o Espírito.

OS TEMPERAMENTOS MODIFICADOS PELO ESPÍRITO SANTO

Quando o Espírito Santo penetra na mente de um homem, este, imediatamente, começa a mudar seu temperamento. Trata-se do novo nascimento, que é uma experiência sobrenatural, portanto, impossível de ser vivida sem a interferência do Espírito Santo na mente e corpo da pessoa.

Examinaremos, agora, os quatro temperamentos modificados pele Espírito Santo.

O sangüíneo pleno do Espírito

O sangüíneo será sempre extrovertido, mesmo após estar pleno do Espírito Santo. E será falador e brincalhão, mas suas brincadeiras e anedotas serão sadias e não obscenas, como costumavam ser. Ainda compartilhará emoções com o próximo, mas não chorando com ele e, sim, mostrando-lhe as promessas de Deus.

Deixará de seguir a lei do menor esforço e terá maior autocontrole, preferindo cumprir as responsabilidades que tem. Controlará suas tendências lascivas e passará a ver sua esposa como uma mulher atraente.

Ao experimentar a alegria de ver o Espírito Santo usando-o para levar alguém ao Salvador, perceberá como sua vida anterior era insignificante.

A inquietude do sangüíneo será contida pela paz que lhe dá o Espírito Santo. Em vez de engendrar conflito e desordem, terá uma influência mais agradável sobre as pessoas.

Uma vez que é uma pessoa expressiva, sua fé será contagiante.

O apóstolo Pedro é um ótimo exemplo de um sangüíneo pleno do Espírito Santo, que, numa pregação, levou três mil pessoas a Cristo.

O colérico pleno do Espírito

O colérico pleno do Espírito Santo será, infalivelmente, um eficaz líder cristão. Sua férrea vontade o fará levar a cabo grandes obras segundo objetivos eternos que seu novo Espírito lhe impõe. Sua liderança vem mais de sua produtividade ingênita que de uma inteligência superior.

Por suas características, o temperamento colérico é que tem mais necessidades espirituais. E a pessoa com tal temperamento tem que orar como Paulo: Estou crucificado com Cristo e já não vivo: é Cristo que vive em mim (Gl 2:20).

O amor ao próximo é o dom espiritual que mais destaca a mudança do colérico. Deixará também a hiperatividade e passará a agir segundo a sabedoria analítica que o Espírito lhe dá.

Mas os dons espirituais mais penosamente adquiridos pelo colérico são a docilidade, a bondade, a paciência e a humildade. Ele tratará melhor sua esposa, será paciente com as fraquezas alheias e um a produtivo conquistador de almas.

As pessoas respeitam o colérico mais porque o temem do que por admirá-lo. Sua nova personalidade benévola inverterá essa situação.

Paulo é, sem dúvida, o apóstolo que melhor representa a mudança radical do temperamento colérico ao se deparar com Jesus Cristo e aceitá-Lo.

O melancólico pleno do Espírito

Os inúmeros talentos do melancólico são enriquecidos e tomados produtivos pela plenitude do Espírito Santo.

É o temperamento mais sensível às necessidades da humanidade e facilmente se colocará à disposição de Deus para fazer algo pelos que sofrem.

Seu perfeccionismo analítico e seu trabalho meticuloso suprirá as necessidades da obra negligenciadas pelos irmãos mais extrovertidos. E considerará pura alegria ser uma peça na engrenagem do Reino de Deus.

A plenitude do Espírito será, para o melancólico, uma perfeita terapia, quando o faz perder o egocentrismo e preocupar-se com o próximo.

O sono, que, para ele era uma tortura, uma vez que sua mente não parava de analisar e ponderar sobre tudo, agora é tranqüilo e reparador.

A fé foi o dom espiritual que acabou com o pessimismo do melancólico Moisés e acabará com o de todo melancólico.

A paz e a alegria dadas pelo Espírito Santo surpreenderão o melancólico, sempre com tendência à depressão, e o farão ser sempre grato a Deus por essa riqueza inestimável: a descoberta da felicidade.

O declarado temperamento melancólico do apóstolo Tomé: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, não puser o meu dedo no lugar deles, e não meter minha mão no seu lado, não acreditarei (Jo 20:25), não impediu que ele se tomasse um pregador do Evangelho do qual piamente duvidava. Uma vez pleno do Espírito Santo, ele levou o Evangelho até o sul da Índia, onde se encontra o túmulo dele.

O fleumático pleno do Espírito

A mudança menos aparente do temperamento pleno do Espírito é a do fleumático, pois ele, por natureza, é calmo, cordato, pacífico e alegre.

O Espírito Santo o ajudará a vencer o medo e a falta de motivação. Sairá também de sua concha de autoproteção ao dedicar-se ao serviço da obra de Deus.

A bondade e docilidade do Espírito Santo eliminam o egoísmo do fleumático, tornando-o generoso.

Um exemplo bíblico do fleumático que lança fora todo o medo pelo Espírito Santo é Abraão, que, por duas vezes negou sua esposa, fazendo-a passar por sua irmã, com medo de morrer, e, hoje, é considerado um exemplo de homem de fé, tanto que é chamado Pai “da fé.

CONCLUSÃO

Por tudo o que foi exposto e pelos exemplos citados, vemos que as mudanças em nosso temperamento, a vitória sobre nossas fraquezas, exigem um incansável esforço de nossa parte e um tempo razoável, de acordo com o número de anos em que vivemos segundo nosso temperamento ingênuo e com a nossa disposição de ler e ouvir a Palavra de Deus, de negarmos á nós mesmos e de nos colocarmos humildemente sob a orientação de Deus. 
Fonte:Semeadores da Palavra