10 de abril de 2015

Festas do Calendário Judaico - Festas Judaicas

As Festas Judaicas
A Torá
A palavra Torá deriva da palavra Hora'á, que significa ensinamento. Com base na Torá, as festas judaicas são comemoradas e celebradas, sendo a principal fonte de estudo do povo hebreu. Contem os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse ao povo de Israel.

As cinco partes que constituem a Torá são nomeadas de acordo com a primeira palavra de seu texto, e são assim chamadas:
בראשית, Bereshit - No princípio conhecido como Gênesis
שמות, Shemot - Os nomes conhecido como Êxodo
ויקרא, Vaicrá - E chamou conhecido como Levítico
במדבר, Bamidbar- No deserto (ermo) conhecido como Números
דברים, Devarim - Palavras conhecido como Deuteronômio
O cristianismo baseado na tradução grega Septuaginta também conhece a Torá como Pentateuco, que constitui os cinco primeiros livros da Bíblia cristã.

As festas mais importantes do calendário religioso judeu são aquelas determinadas pela Torá (Pentateuco).

AS FESTAS
As três principais festas judaicas que constam na Torá, além de Rosh Hashanah e Yom Kipur, são Pessach, Shavuot e Sucot.
Essas três festas, também conhecidas como "Shalosh Regalim" (Festas da Peregrinação-onde o povo peregrinava para o Templo de Jerusalém), estão relacionadas ao Êxodo do Egito e comemoram os principais eventos na História Judaica.

Propósito das Festas
Um dos propósitos das três festas era a congregação do Povo judeu em sua capital (Jerusalém) e a alegria resultante de tal reunião.
Comemoração aos milagres vivenciados pela geração de judeus liderados por Moises.


O Dia judaico
Todas as datas judaicas iniciam-se ao entardecer "18 horas" (crepúsculo) do dia anterior a data específica. Isto deve-se ao fato de que o "dia" judaico começa e termina ao pôr-do-sol, ao invés da meia noite.

ANO NOVO Judaico
Conhecido como Rosh Hashanah ou Rosh Hashaná (ano novo ou cabeça do ano), é um dos dias mais importantes no calendário judeu. É comemorado nos 2 primeiros dias do mês de Tishrei, primeiro mês do ano no calendário judaico rabínico, sétimo mês no calendário bíblico, aproximadamente o nono mês do calendário gregoriano (setembro).
No Rosh Hashanah é preciso ter em vista 3 princípios: tefilá (oração), tsedaká (justiça e ajuste com o próximo) e teshuvá (arrependimento sincero).

Na tradição rabínica este é o dia em que o mundo foi criado. A primeira menção escrita do Rosh Hashanah está na Mishná, que é uma das principais obras do judaísmo rabínico, e é considerada a tradição oral judaica de forma escrita chamada Torá oral e obtida entre os anos de 70 e 200 da era comum. Nela são mencionados 4 tipos de início de ano diferentes:

1º - o mês de Nissan (Abib) como a marcação dos reinados de Israel e o começo do ciclo das festividades;
2º - o mês de Elul para assuntos ligados ao dízimo animal, ou seja, era necessário dar ao sacerdote a décima parte dos animais nascidos até esta data;
3º - o mês de Tishrei para contagem dos anos a partir da criação do mundo, de acordo com a tradição judaica;
4º - o mês de Shevat no seu décimo quinto dia; o ano novo das árvores, quando se conta a idade das árvores e que se refere as leis da Torá sobre a proibição do consumo dos frutos de uma árvore até completados 4 anos desde a sua plantação na terra de Israel.

O ano novo bíblico começa na primavera do mês de Abib (Nissan), que também é o início da colheita e enfatiza a importância histórica da libertação de Israel sobre o domínio egípcio, que aconteceu no décimo quinto dia daquele mês, e que assinalou o nascimento nação de Israel."Este mês será para vós o principio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano." Êxodo 12.2

Como os judeus, em sua maioria, (ainda) não aceitam Jesus como Messias, a contagem dos anos não leva em conta o antes e depois de Cristo. Atualmente eles estão no ano de 5774, que foi comemorado em 4 de setembro 2013.

Aqui eu Aprendi!
Se o conceito de ter mais do que um Ano Novo parece estranho, podemos lembrar que no calendário secular o ano novo fiscal e o ano novo letivo "escolar" não se iniciam no dia 1º de Janeiro. De modo similar há diferentes Anos Novos no Calendário Judaico, cada um deles representando diferentes aspectos.
Rosh Hashanah - 1 e 2 de Tishrei - (final de Setembro / inicio de Outubro) - marca o inicio do ano novo judaico. Conhecido como "cabeça do ano", é uma data muito significativa para os judeus. De acordo com a tradição judaica; dia do juízo (Yom Hadin); dia da memória (Yom Hazikaron). A comemoração é efetuada durante os dois primeiros dias de Tishrei, conforme o costume pós-exílio, para se garantir a comemoração no dia correto nas comunidades da Diáspora. O festival é caracterizado pela Mitzvah (mandamento) especial de tocar o Shofar (Yom Teruá - dia do toque das trombetas ou do Shofar). Rosh Hashanah comemora a conclusão da criação do universo e a aceitação da soberania de Deus sobre o mundo. Nesta data, nas refeições da noite, é costumeiro comer maçã mergulhada no mel entre outros pratos doces para simbolizar um ano novo doce. "Shaná Tová" - bom ano novo!

O termo "Diáspora" é usado com muita frequência para fazer referencia à dispersão do povo hebreu no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no seculo VI a.C. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 70 d.C.

SHOFAR é um chifre de animal (geralmente carneiro) trabalhado de forma que seja possível emitir som ao soprá-lo.

Aqui eu Aprendi!
Profético! O toque da trombeta: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:16-17
Que possamos ouvir o alarido (teruah), o alarme da trombeta, aleluia!
"E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." Mateus 24:31
Yom Kipur - 10 de Tishrei - Também conhecido com "Dia da Expiação"; "Dia do Perdão" - é considerado pelos Judeus como o mais santo e solene dia do ano. Nele, é dado especial ênfase ao perdão e à reconciliação (Lv 16). Marca o encerramento de um período de arrependimento iniciado com o Rosh Hashanah. Os Judeus creem que nesse dia Deus perdoa todos os pecados de Israel. Yom Kippur é um jejum de 24 horas, começa no pôr-do-sol que dá inicio ao décimo dia de Tishrei, o sétimo mês do calendário judaico, e continua até o final da tarde seguinte. Tishrei corresponde ao período compreendido entre os meses de setembro e outubro no calendário gregoriano.
Aseret Yemei Teshuva - Dez dias de Arrependimento - Os primeiros dez dias do ano judaico (desde o começo de Rosh Hashaná até ao fim de Yom Kippur). Durante este período é "extremamente apropriado" para os Judeus praticar Teshuvá (arrependimento), a qual consiste em examinar as suas próprias ações e arrepender-se dos erros cometidos tanto contra Deus e o próximo, em antecipação do Yom Kippur. Este arrependimento pode tomar a forma de súplicas adicionais, confissão das próprias ações diante de Deus, jejum, e auto-refleção. No terceiro dia, o Tzom Gedalia, ou Jejum de Gedalia é celebrado.
Sucot - 15 a 21 de Tishrei - Sucot tem inicio cinco dias após Yom Kippur - Festa do Tabernáculo ouFesta das Cabanas, ou ainda, Festa das Colheitas, visto que coincide com a estação das colheitas em Israel, no começo do outono. Tem a duração de 7 dias. É o tempo dos judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Lv 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono.
Sucot é principalmente caracterizado pelo habitar em cabanas, uma moradia temporaria, em hebraico, sucá, as cabanas.

Sucot relembra os 40 anos de êxodo dos hebreus (Hebreus e não judeus, uma vez que o judaísmo surgiu após o cativeiro babilônico, onde começam a surgir as sinagogas)

Como forma de simbolizar o período em que não tinham casa, eram nômades, durante a celebração de Sucot, os judeus fazem suas refeições sob folhas e galhos ao ar livre, em uma sucá. A sucá deve ser erguida ao ar livre e ser constituída de palha ou folhagem, que possibilite ver o céu.

Simchat Torá - 22 de Tishrei - oitavo dia após Sucot - significa "Alegria da Torá". Na verdade refere-se a uma cerimônia especial que tem lugar no feriado de Shemini Atzeret.

Shemini Atzeret, associado com o Sucot, depois de completar os sete dias de Sucot, o "dia seguinte" oitavo dia significa que o judeu quer permanecer mais um dia na Sucá (na presença Divina). Dia mais alegre do calendário judaico. Dia de regozijo no Senhor.

Na Diáspora, Shemini Atseret é celebrado durante dois dias. O segundo dia é a famosa festa de Simchat Torá, na qual se completa o ciclo de leitura anual da Torá e se dança com os rolos sagrados. Em Israel, as duas festas são uma única, celebradas no mesmo dia.

Também em 22 de Tishrei tem-se a "Santa Convocação" (Lv 23.21) - "e te regozijarás perante o Senhor teu Deus..." reunião de todo o povo trabalhador com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Ver mais sobre "Santa Convocação" em Pessach.
Chanucá - 25 de Kislev até 2 ou 3 de Tevet - (final de Novermbro / inicio de Dezembro) - Festa das Luzes /Festa da Dedicação - ver João 10.22 - "Chanucá" é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração". Não é mencionada no Velho Testamento. Desde a histórica vitória dos macabeus sobre os assírios, ocorrida em 165 a.E.C., os judeus celebram Chanucá durante oito dias. Relatados da historia: os macabeus (um grupo de judeus) conseguiram expulsar os gregos que dominavam Jerusalém. Mas o Templo estava destruído. Cerca de 150 anos antes de Cristo, os judeus conduzidos por Judas Macabeus foram vitoriosos sobre os sírios liderados por Antioco Epifânio. "Hanukkah" lembra aquela vitória (a vitória do pequenino exército judeu), esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, foi constatado que só havia um jarrinho de azeite puro no Templo com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes da Menorá (candelabro de oito braços) fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21).

A festa é realizada no dia 25 de Kislev (cai normalmente em dezembro), data onde o Templo foi reedificado. Nos tempos modernos, Chanucá foi adotado como símbolo da luta dos Judeus contra seus inimigos tanto no nível religioso como no nacional. Hoje em dia algumas pessoas enfatizam o lado religioso e miraculoso da festa, enquanto outros focam no aspecto de vitória nacional. Em qualquer evento, está é uma festa cheia de alegria e é especialmente favorita pelas crianças.

A festa de Chanucá não é ordenada pela Torá.
Tu B'Shvat - 15 de Shevat - Essa festa não tem sua origem na Bíblia, mas na Mishna (primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica), que foi escrita no início do século 3 da Era Comum. É fundamentalmente uma festa agrícola, como fica evidenciado pelo seu outro nome, Ano Novo das Árvores. Essa festa é celebrada no meio da estação das chuvas (final de Janeiro e início de Fevereiro). Era inicialmente uma festa com significado halakhic (legalmente Judaico), pois costumava ser usada para marcar a idade das árvores, com o propósito da colheita e oferenda das suas frutas – as ofertas eram feitas aos sacerdotes que serviam no Templo e não possuíam nenhuma terra.

Depois que o povo Judeu foi disperso na Diáspora e não estava mais originalmente envolvido com agricultura, Tu B’Shvat tornou-se uma festividade que simboliza a ligação entre o povo Judeu (Am Israel) e a Terra de Israel (Eretz Israel).

Em Israel Tu Bishvat não é um feriado, mas a festa é comemorada com plantio de árvores por alunos de escolas e fala-se da importância da conservação das florestas. Hoje em dia é costumeiro levar as crianças ao plantio das árvores em Tu B’Shvat. Pré-escolas e escolas preparam uma comemoração especial para marcar essa festa. Ambientalismo em evidencia.

- "13",14-15 de Adar - comemora os eventos descritos no Livro de Ester. Comemoração da milagrosa salvação dos Judeus da Pérsia, lá exilados após a destruição do primeiro templo. Nesta belíssima leitura, podemos ver como Deus livrou os judeus da destruição quando Mordecai e Ester frustraram o plano de Hamã (Ester 9).

Purim é celebrado anualmente no 14º dia do mês hebraico de Adar, o dia seguinte à vitória dos judeus sobre seus inimigos (13 de Adar). Em cidades que eram muradas no tempo de Josué, incluindo Susa e Jerusalém, Purim é celebrado no 15º dia do mês, conhecido como Purim Shushan. Assim como todas festas judaicas, Purim tem início ao pôr-do-sol da véspera no calendário secular.
Ver mais sobre o assunto em "Marcadores" PURIM



PASCOA uma festa genuinamente Bíblica!


Pessach - 14 de Nisan (Abib) - do hebraico, significa "passar por cima". Pessach é a "Páscoa judaica", também conhecida como "Festa da Libertação", comemora o Êxodo (libertação dos hebreus) do Egito e a libertação da escravidão (Ex 12) no ano aproximado de 1280 a.C. Pessach caracteriza-se por ser uma das três festas de peregrinação ao Templo de Jerusalém.
A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abibe ou Nisã, enquanto que aFesta dos Pães Asmos (Matzot) começava no dia 15 de Abibe, e continuava durante sete dias (Êx 12.6; Lev 23.5,6). Juntas formavam uma Festa dupla. Durante a semana da Festa dos Pães Asmos, o fermento (heb. seor, isto é, qualquer substância semelhante à levedura, capaz de produzir fermentação em massa de pão ou líquido) e qualquer coisa fermentada (heb. hamets, isto é, qualquer coisa fermentada ou contendo levedura) tinha que ser removida dos lares dos israelitas. - Em Êxodo 12.15 e 13.7, hamets e traduzido por «pão levedado», porém, o significado literal desse termo, é «coisa fermentada». Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma, «em todos os teus termos (território)» Êx 13.7 – ARA.

Nos tempos de Jesus, as Festas da Páscoa e dos Pães Asmos já eram tratadas como sendo uma somente (Luc 22.1). Isto se devia, ao fato de não haver intervalo entre as duas Festas, e também porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Êx 12.1-28). Na verdade a Festa dos Pães Asmos era a continuação da Festa Páscoa.
Durante estas acontecia o dia das primícias da cevada - 16 de Nisã – O Dia das Primícias (Bikkurim) da vossa sega: A Bíblia não revela claramente o dia exato do «dia das primícias». Mas como se sabe, o dia das Primícias é 16 de Nisã, no segundo dia da Festa dos Pães Asmos (Lv 23.9-14).

No «...primeiro dia...», isto é, 15 de Abibe ou Nisã, o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, e, o «sétimo dia», 21 de Abibe, eram dias de Santas Convocações. Ao começar a Festa havia uma convocação especial, essa providência dava ao evento um caráter muito solene e reverente. Ao final da Festa, ao «sétimo dia», do mesmo modo, havia santa convocação, não sendo permitido nenhum tipo de obra. Era permitido apenas que fosse preparado o alimento necessário. As Santas Convocações eram feitas para cada sábado semanal (sétimo dia da semana), ver Lev 23.1-3; para o «primeiro» e «sétimo» dia da Festa dos Pães Asmos (Êx 12.16; Lev 23.6,7; Núm 28.18-25); para o dia da Festa das Semanas (Pentecostes – Lev 23.15-21); para o «primeiro» e «décimo» dia do sétimo mês (Etanim ou Tisri); o «primeiro dia» era a Festa das Trombetas (Núm 29.1); o «décimo dia», o grande Dia da Expiação (Núm 29.7; Lev 23.24-28,35); e para o «primeiro» e «oitavo» dia da Festa dos Tabernáculos, sendo também esta, chamada a Festa das Colheitas, uma vez que vinha no fim da sega do ano (Lv 23.34-36; Deut 16.13-17).
O significado profético destas Festas é maravilhoso, e vieram a cumprir-se, na morte e ressurreição do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Pascoa - morte de Jesus
Pães asmos - pureza de Jesus
Primícias - Jesus o primeiro a ressuscitar dos mortos

Jesus o cordeiro de Deus "...Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." João 1.29

"...Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." 1 Co 5.7

"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade." I Corintios 5 7-8

Iom Ha'atzmaut - Dia da Independência de Israel - 5 de Lyar - o aniversário da Proclamação do Estabelecimento do Estado de Israel, em 14 de Maio de 1948. O documento original encontra-se atualmente em exposição na Knesset, o parlamento de Israel.

O acontecimento: em uma cerimônia célere, demarcada pelas firmes batidas do martelo de nogueira de David Ben-Gurion, presidente do Conselho Provisório de Estado sionista, a criação da nação judaica na Palestina – o estado de Israel – foi solenemente anunciada aos quatro ventos. Lida por Ben-Gurion e assinada pelos 24 dos 37 membros da assembléia presentes ao histórico evento, a declaração de independência do mais novo país do globo buscou no passado histórico e no presente político as bases morais e legais para sua fundação. O documento notificava que a Terra de Israel era o local de nascimento do povo judeu e que o movimento sionista era testemunho do papel representado pela Palestina em sua história e religião. Dizia também que a declaração de Balfour e a partilha das Nações Unidas, além do sacrifício dos pioneiros sionistas e da tormenta sofrida com o Holocausto, davam aos judeus o direito inalienável de estabelecer seu estado no Oriente Médio. A cerimônia, transmitida pela Kol Yisrael, "a voz de Israel", tornada rádio oficial do novo estado sionista, provocou uma explosão incontida na população hebraica em todos os rincões da Palestina. Enquanto dentro do Museu Nacional de Tel-Aviv o público, emocionado, entoava a plenos pulmões aHatikvah (tradicional canção judaica que celebra a esperança), do lado de fora do recinto, assim como em diversas cidades da nova nação – à exceção de Jerusalém, que se encontrava sem eletricidade –, populares ganhavam as ruas para congratular-se uns aos outros.
O Museu Nacional de Tel-Aviv celebrou uma cerimônia aguardada pelos hebreus há exatos 1.878 anos – desde que a destruição do Segundo Templo pelos romanos, em 70 d.C., acabou com a soberania dos judeus em Jerusalém e deu início à segunda diáspora dos seguidores de Isaac. No compromisso deste 14 de maio de 1948, porém, a história seria finalmente reescrita: a terra prometida estava voltando às mãos dos judeus. 
Fonte: revista Veja na Historia
Lag BaÔmer - É o nome dado à data judaica de 18 de Lyar. - caracterizada por fogueiras, em comemoração a eventos ocorridos durante a revolta de Bar Kochbá contra os romanos.
A contagem do Omer é um ritual que data da antiguidade, quando o Templo Sagrado era em Jerusalém. Lag BaÔmer é no 33º dia da contagem do Omer, que é um período de 49 dias que vai do dia seguinte a Pessach (segunda noite) até Shavuot.

No século II e.c., no período entre Pessach e Shavuot, Bar Kochba e os discípulos de Rabi Akiva sofreram uma grave derrota em sua rebelião contra os romanos. O Talmud descreve este episódio não como uma derrota militar, mas sim como uma epidemia que irrompeu entre os soldados de Bar Kochba. Seja como for, 24.000 dos jovens seguidores de Rabi Akiva perderam a vida. Por este motivo, este período de sete semanas é marcado por luto parcial.
A palavra Lag, em hebraico, é formada por duas letras, lamed e guimel, cujo valor numérico (cada letra do alfabeto hebraico tem um valor) é 33. Portanto, Lag Ba'Omer significa o 33° dia da Contagem do Omer.
Lag BaÔmer não é um dia de descanso santificado, portanto o comércio fica aberto normalmente.

Iom Ierushalaim - Dia de Jerusalém - 28 de Lyar - (final de maio) - É um feriado nacional que marca a reunificação de Jerusalém, capital de Israel, em 1967, que estava dividida por muralhas de concreto e cercas de arame farpado quando em domínio da Jordânia (de 1948 a 1967).

Ver mais sobre o assunto em "Marcadores" Guerra dos Seis dias
Durante a Guerra dos Seis Dias Israel conquistou e libertou Jerusalém, permitindo que fosse sua capital única e eterna. A partir de então, foi concedido direito para que pessoas de todas as religiões tivessem acesso aos seus locais sagrados.
Shavuot - Festa das Semanas - Dia de Pentecostes - "5", 6, "7" de Sivan - Shavuot do hebraico [sete] semanas - é o nome da festa judaica também conhecida como Festa das Colheitas ou Dia dos primeiros frutos (Yom Habicurim), e/ou Festa do Recebimento da Torá (Matan Torá), celebrado no quinquagésimo dia do ômer (final da colheita de cevada e início da colheita do trigo). A festa deve ocorrer quando se completar a contagem de Omer, sete semanas, não havia nenhuma data fixa na Torá. Em relação ao hebraico, ela está sempre ligada ao mês de Sivan, e inclui um dia na terra de Israel e dois dias na disáspora (fora de Israel).

Devido a esta contagem, a festa é também chamada de Festa de Pentecostes.

Shavuot, a Festa das Semanas, é uma das três festividades de peregrinação, juntamente com Pessach e Sucot. Nessas festas, todo o Povo Judeu vinha a Jerusalém na Antiguidade quando o Templo Sagrado estava lá e ofereciam animais e cereais em sacrifício.
Shavuot é observada no final da contagem de Omer: a contagem das sete semanas (na verdade 50 dias) do primeiro dia de Pessach. No início da contagem, os Judeus traziam um Omer (unidade de medida Bíblica) de grãos da primeira colheita de cevada para o Templo Sagrado, e no final traziam um Omer de grãos da primeira colheita de trigo.

As sete semanas na contagem do Omer são a origem do nome da festa.

Uma festa fundamentalmente agrícola: Este aspecto agrícola do festival foi mantido mesmo depois da destruição do Templo Sagrado: entre os símbolos da festividade estão as sete espécies com as quais a Terra de Israel é abençoada: trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras.

Shavuot também é a Festa da Outorga da Torá. De acordo com a tradição rabínica, os Dez Mandamentos foram dados neste dia ao Povo de Israel reunidos na base do Monte Sinai.

Ao contrário das outras duas festa de peregrinação, Pessach e Sucot, Shavuot não tem uma data determinada na Torah(Pentateuco). Segundo a Torah, a festa deverá iniciar no 50º. dia da contagem de Omer. Segundo Hazal, a contagem de Omer deve iniciar no segundo dia de Pessach. Pelo fato de que a festa era realizada de acordo com a Lua, o dia poderia ser o 5, 6 ou 7 de Nissan, tudo dependeria do numero de dias que haveria no mês de Nissan e no Mês de Lyar no mesmo ano.
No atual calendário judaico que foi fixado no século II o mês de Nissan tem sempre 30 dias e o mês de Lyar têm sempre 29 dias, fato que leva a festa a sempre ocorrer no dia 6º do mês de Nissan (Abib).
Pode-se considerar, portanto, Shavuot, de certa forma, a conclusão da festa de Pessach.
Profético!

Pentecostes
O tempo da Igreja = A grande colheita!

Shavuot também possui ligação com o Livro Bíblico de Ruth, que relata a história de Ruth, a Moabita, que se agregou ao Povo Judeu e que também é ancestral do Rei David. Esta história está ligada com Shavuot, pois ela aconteceu durante a colheita do trigo, em torno da época dessa festa.

Também existe uma conexão entre a dinastia real de David e a festa de Outorga da Torá. De acordo com a tradição, David nasceu e morreu em Shavuot.
Iom Hasho'a - Dia da Memória do Holocausto - 27 de Nisan - Dia da Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto em Israel, acontece no 27º dia de Nissan (perto do final de Abril e início de Maio), uma semana depois de Pessach. O dia é dedicado à memória dos seis milhões de Judeus exterminados pelos Nazistas (Adolf Hitler - durante a segunda guerra) e ao heroísmo da resistência Judaica ao Holocausto. O dia foi estabelecido para marcar o aniversário do levante do Gueto de Varsóvia na véspera de Pessach, em 19 de Abril de 1943.

O dia da lembrança foi inicialmente marcado em 1951, e foi decretado por lei em 1959. A lei estabelece que todos os locais de entretenimento, incluindo restaurantes e cafés, sejam fechados da véspera do Yom Hasho’a até a noite do dia seguinte. Serviços memoriais acontecem em todo o país, e a cerimônia principal é feita em Yad Vashem, a Organização Oficial em Memória do Holocausto de Israel. Ás 10:00 horas da manhã do Yom Hasho’a, sirenes são tocadas por 2 minutos em todo o País e é costumeiro ficar em pé em silêncio. As bandeiras são estendidas à meio-mastro e transmissões de rádio e TV dedicam-se a este assunto sob o lema de "lembrar e recordar - jamais esquecer".
Iom Hazikaron - Dia da Memória dos Soldados - 4 de Lyar (perto do final de Abril ou começo de Maio) - Dia de Recordação dos Caídos nas Guerras de Israel é dedicado à lembrança de todos aqueles que pereceram nas lutas pelo estabelecimento do Estado de Israel e por sua defesa. O evento ocorre uma semana após o Dia da Recordação do Holocausto e duas semanas depois de Pessach. O dia é dedicado às comemorações dos soldados do País e membros das forças de defesa de Israel, à memória dos combatentes que tombaram antes da independência do Estado e vítimas do terrorismo. O dia memorial também comemora os civis mortos em atos de terrorismo. Em Israel, são guardados 2 minutos de silêncio, juntamente com o toque das sirenes.

Este dia foi formalmente decretado por lei em 1963, mas a prática de celebrar os tombados neste dia começou em 1951 para marcar a conexão entre o Dia da Independência e as pessoas que morreram para alcançar e manter esta independência.
Yom Hazikaron não é um feriado e os locais de trabalho que não estão envolvidos com entretenimento ficam abertos como de costume, mas é recomendável que se verifique com antecedência se alguns locais específicos estarão abertos.
De qualquer forma, a atmosfera especial de luto é perceptível nas ruas.
Tishá Be'Av - 9 de Av - Data de dois dos eventos mais trágicos da História Judaica. Um dia de luto marcado pela destruição do Primeiro Templo, destruído em 586 AEC (antes da Era Comum) por Nabucodonosor, Rei da Babilônia, e a destruição do Segundo Templo, destruído no ano 70 EC (Era Comum) por Titus, Imperador de Roma. Essa data também marca o início da expulsão dos Judeus da Espanha em 1492, por ordem da Monarquia Espanhola. Todos esses acontecimentos transformaram este dia no principal dia de luto no calendário Judaico. Existem mais três dias de luto associados com a destruição do Primeiro e do Segundo Templos, mas Tisha B’Av é o mais importante de todos.

As três semanas que precedem Tisha B’Av é o período conhecido como Bein há –Metsarim – um período de luto que inicia no dia 17 de Tamuz, o dia em que os muros de Jerusalém foram violados, anterior à destruição do Segundo Templo (que também é um dia de jejum). Muitas práticas de lamentações são observadas durante este período: não há cerimônias de casamento, e Judeus religiosos não cortam o cabelo nem ouvem músicas.
Tisha B’Av é um dia de jejum assim como o é o Dia do Perdão (Yom Kipur), neste dia são observados ritos de privação "aflição da alma", inclusive um jejum completo por um dia.

Fonte: Bíblia Pentecostal de Estudos; Wikipédia; Cafetorah.com; Dicionário Bíblico Ilustrado Vida Nova; portalWebjudaica.com; Revista viva-"Mais de 60 anos de embates entre palestinos e israelenses"; DoutrinasBiblicas.com; Bíblia Defesa da Fé; conhecendoIsrael-goisrael.com.br; RevistaMorashá-artigos-ed.58-2007;ed.75,77-2012;ed.81-82-2013; RevistaVejanaHistoria-especial-independencia-Israel; Bíblia NVI

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